Considerando os diferentes gêneros jornalísticos, classifique o texto abaixo, justificando sua reposta com elementos e características que corroborem a respectiva categorização.
Trágica combinação entre jovens e armas
No momento em que o país encontra-se estarrecido por casos de violência envolvendo menores, caso da chacina de Suzano, em São Paulo, na qual dois ex-estudantes de um colégio invadiram a unidade e mataram e feriram alunos e funcionários, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulga números alarmantes sobre vítimas de armas de fogo na faixa etária até 19 anos.
Segundo o levantamento, tema de reportagem desta edição, em 2016, último ano com dados disponíveis de uma série histórica iniciada em 1997, foram registrados 9.517 óbitos relacionados a armas de crianças e adolescentes em todo o país.
O montante é praticamente o dobro do identificado 20 anos antes – 4.846 casos – e representa, em valores absolutos, o pico do período.
Minas foi o quinto Estado com mais mortes, ao longo de todo esse tempo: foram 11.214, deixando-nos atrás apenas do líder do ranking, São Paulo, do Rio, da Bahia e de Pernambuco.
Marca igualmente triste diz respeito à escalada de tal tipo de violência. Entre as unidades da federação que mais tiveram óbitos no agregado dos 20 anos, e não no plano geral, Minas foi uma das campeãs no crescimento das ocorrências. As mortes passaram de 178, em 1997, para 740, em 2016, registrando 315% de aumento – a Bahia, segunda colocada no quesito, teve um salto bem próximo, de 314%.
Em estudo correlato da SBP sobre internações no SUS, em todo o território nacional, de jovens da mesma faixa etária anterior, vítimas de tentativas de homicídio ou de acidentes com armas – desta vez, referente ao período de 1999 a 2018 –, a performance de Minas foi digna de outra nota lamentável.
No agregado, o Estado foi o terceiro com a maior quantidade de tais procedimentos (10.016), perdendo só para São Paulo (18.868) e Bahia (11.543). A média mineira, ao longo de 20 anos, foi superior a uma internação por dia.
Os dados são um claro indicativo de que o poder público precisa agir, com urgência e empenho, para reduzir e controlar com mais eficiência o acesso de crianças e adolescentes às armas.
Também se deve desenvolver, o quanto antes, políticas públicas mais agudas de controle de tal tipo de violência, na área de segurança e, sobretudo, no setor de educação.
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