"O totem, de um termo da tribo algonquina dos Ojibwa (ototeman, que designa as categorias de espécies animais e vegetais utilizadas para se dar um nome a um clã), seria um princípio de pertencimento indicando uma consubstancialidade mística entre os que trariam o nome do mesmo totem, que lhe professariam um culto e se reconheceriam parentes. Como emblema representado em postes, em armas ou sobre o corpo, o animal ou objeto epônimo do clã teria alguma relação com o ancestral mítico do grupo e estaria na origem dos interditos alimentares (não se come animal totêmico) e, sobretudo, sexuais (não se casa for se seu grupo totêmico). " (CLAUDE, Rivière. Socioantropologia das religiões. São Paulo: Ideias & Letras, 2013, p. 42).

Considerando a citação acima, no escopo das religiões tradicionais africanas, podemos relacionar o totemismo com:

Animismo, o qual pressupõe que os animais também foram humanos que, ao morrerem, reencarnaram com outra natureza.
Culto aos ancestrais, pois ao morrerem todos se tornam automaticamente deuses que precisam ser cultuados.
Paganismo, que ressalta a importância do batismo e dos mitos na explicação das origens dos deuses e dos homens.
Naturismo, que preconiza haver uma relação simbólica de complementaridade entre o homem e a natureza.
Fetiche, uma vez que os emblemas produzidos a partir de elementos naturais (mineral e vegetal) incorporam as duas vertentes da natureza humana.