As duas propostas de subdivisão da zona costeira em faixas ou zonas revelam uma tentativa de setorizar os ambientes costeiros, de acordo com o grau...
As duas propostas de subdivisão da zona costeira em faixas ou zonas revelam uma tentativa de setorizar os ambientes costeiros, de acordo com o grau de mútua influência dos processos terrestres e marinhos, assim como em função dos usos, ecossistemas e feições existentes. No entanto, nenhum dos dois modelos apresentados tem a pretensão de estabelecer uma delimitação rígida e universal. Uma contribuição nesse sentido é a metodologia proposta por MilanésBatista e outros (2017), para demarcação e delimitação das fronteiras da zona costeira, com fins à gestão e planejamento de uso. Essa proposta considera a natureza multifacetada das costas e inclui os agentes e processos exógenos que influenciam a precisão e o estabelecimento de limites. O método mencionado subdividese em duas fases: a primeira, onde são definidas as Unidades Costeiras Ambientais Primárias para Gerenciamento Integrado (UCAPMI) e as chamadas Unidades Costeiras Ambientais Básicas para Gerenciamento e Planejamento Territorial (UCAM). Na segunda fase, as UCAMs são delimitadas nos ambientes marinho e terrestre, com o objetivo de ordenar e planejar o território marinho costeiro. Os critérios integrados usados para a demarcação das UCAPMIs e UCAMs são baseados nas abordagens geossistêmica e holística. Como resultado, são obtidas zonas homogêneas naturais e funcionais, compatíveis com o planejamento em menores escalas de mapeamento, como no caso das escalas nacionais.
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