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io personalis. Quando o Pai declarou o seu amor pelo Filho encarnado em Mateus 3.17 (cf. 17.5), ele estava declarando seu amor à Pessoa completa do...

io personalis. Quando o Pai declarou o seu amor pelo Filho encarnado em Mateus 3.17 (cf. 17.5), ele estava declarando seu amor à Pessoa completa do Filho. Era desejo de Deus que nós soubéssemos do seu amor pelo Filho, pois a sua voz veio do céu não por causa do Filho, mas para que nós ficássemos cônscios deste amor divino, a fim de que crês-semos no Filho! Há várias razões pelas quais o Filho é o principal objeto do amor do Pai. 1. É UM AMOR POR ALGUÉM DA MESMA ESSÊNCIA O amor do Pai pelo Filho é amor por alguém da mesma essência. A Escritura de acordo com a natureza. É verdade que Deus também nos amou desde antes da fundação do mundo, mas ele pode demonstrar esse amor somente na história, e especialmente quando viemos à existência, mas o amor do Pai pelo Filho foi real-mente demonstrado antes que todas as coisas existissem. O amor do Pai pelo Fi-lho, e vice-versa, é um amor eterno na sua plena expressão. Antes de haver mundo já havia o amor intratrinitário, um amor ímpar em sua existência atemporal, um amor que nenhum outro ser desfrutou porque nada existia ainda quando Deus amou seu Filho. A glória de Jesus perante os seus discípulos está no fato de ele ser amado antes da fundação do mundo. Essa foi uma glória conferida a Jesus na presença dos discípulos para que Jesus fosse honrado como ninguém jamais será honrado, por-que de ninguém mais será dito que foi amado antes da fundação do mundo, porque existe desde antes da fundação do mundo. 3. É UM AMOR NECESSÁRIO Deus resolveu amar os seres humanos, mas ele não estava debaixo de qualquer obrigação de fazê-lo. Deus amou os homens porque resolveu exercer esse seu atri-buto. Nesse sentido, podemos dizer que o amor de Deus pelos homens é livre, isto é, produto de sua vontade. Todavia, quando nos referimos ao amor do Pai pelo Filho, não podemos exer-cer o mesmo raciocínio. Deus é essencial e eternamente amor. Por causa da co-essencialidade de ambos e da mesma essência numérica que ambos possuem, pois essas duas Pessoas são um só ser, o amor do Pai pelo Filho (e vice-versa) é um amor necessário. O Pai não poderia deixar de amar ao Filho, porque, nesse caso, 620 A UNIÃO DAS NATUREZAS DO REDENTOR Deus deixaria de amar a si mesmo, e, assim, o princípio de amar a si mesmo (que ele tanto ensinou) seria quebrado. Qualquer manifestação do amor de Deus fora do ser divino é livre (isto é, dependente de um gesto de sua vontade), mas o amor manifesto dentro da Trindade é necessário. Deus, o Pai, não resolveu amar Deus, o Filho, porque esse amor é desfrutado pela mesma essência numérica, portanto um amor necessário. 4. É UM AMOR DE MÉRITO Deus não é atraído ao amor por nós em virtude de alguma coisa que nos torne amáveis. Ao contrário, seríamos objeto da sua ira se ele olhasse para os nossos pensamentos, imaginações ou ações. O seu amor por nós é um amor gracioso que não olha para o que somos, que não nos ama pelo que somos, mas nos ama a despeito do que somos. Contudo, quando o Pai ama o Filho, ele está amando alguém que faz jus ao seu amor. O Pai ama o Filho porque o Filho é amável, ou seja, digno do seu amor. O Filho merece o amor do Pai por tudo o que ele é e por tudo o que veio a fazer na redenção do pecador. Por isso o Pai disse: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo”. O amor do Pai é um amor merecido pelo Filho João 10.17 – “Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.” O Pai ama o Filho pelo seu poder sobre a própria morte. Embora esse poder ele tenha recebido de seu Pai (v. 18), o seu poder divino sobre a morte é algo que faz o Pai se encantar nele, e dedicar seu amor a ele. 5. É UM AMOR DE CONFIANÇA João 3.35 – “O Pai ama ao Filho, e todas as cousas tem confiado às suas mãos.” O amor de confiança do Pai no Filho a ponto de lhe entregar todas as coisas é nascido na relação essencial entre essas duas Pessoas. O Pai entregou tudo ao Filho sabendo de suas capacidades e poderes, uma relação de confiança absoluta em virtude da co-essencialidade deles. Hendriksen disse que “depois de haver pre-senciado a descida da pomba e de haver ouvido a voz do Pai que falou do céu, João Batista compreendeu que a relação filial de Jesus como Mediador repousava em sua filiação trinitária. Por isso, também, a doação de todas as coisas resulta da relação eterna de amor entre o Pai e o Filho”.525 525. Hendriksen, El Evangelio Segun San Juan, 161. 621O AMOR QUE DEVEMOS AO REDENTOR 6. É UM AMOR DE INTIMIDADE João 5.20 – “Porque o Pai ama ao Filho e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis.” Obviamente, o fato de o Pai mostrar ao Filho tudo o que ele faz não se refere simples e unicamente à natureza divina, porque não há nada escondido dela, mas é uma referência ao Filho encarnado, que haveria de ver todas as obras da redenção sendo realizadas para o cumprimento do pacto eterno da redenção. O Redentor, segundo a sua natureza humana, haveria de ver todas as obras divinas e ainda as obras futuras que haveriam de acontecer na consumação da redenção. O fato de o Pai lhe mostrar todas essas coisas está firmado no fato do Pai amar ao Filho encarnado. Isso aponta para a intimidade entre o Pai e o Filho, que veio ao mundo assumindo a natureza humana. Nada seria escondido dele em termos de obras. A intimidade entre ambas as pessoas é vista nesse verso. Nada do plano redentor de Deus para o mundo seria escondido do Filho encarnado por causa do amor do Pai por ele. 7. É UM AMOR DE CORRESPONDÊNCIA O amor do Pai pelo Filho não é um amor unilateral.Existe mutualidade nesse amor porque é um amor de correspondência. Sempre houve uma declaração mútua de amor. Jesus referiu-se ao seu amor pelo Pai João 14.31 – “... contudo, assim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou.” Esse amor foi declarado abertamente para que as pessoas soubessem. Jesus nunca escondeu sua profunda afeição pelo seu Pai. Da mesma forma, o Pai falou abertamente do amor pelo Filho referindo-se a ele como o “Filho amado”, e a Escritura se refere a esse amor várias vezes. Numa delas, Jesus diz: João 15.9 – “ Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.” Nos dois versos acima há a mostra da reciprocidade ou correspondência de amor entre as Pessoas da Divindade. A correspondência não é um amor de respos-ta. O Filho ama o Pai não porque o Pai o amou primeiro, mas porque é da natureza de ambos o amor. A mutualidade ou reciprocidade ou correspondência de amor é devida à natureza essencial do Pai e do Filho. “Deus é amor”. Ora, se o Pai e o Filho são da mesma essência, então amar é parte da essência deles. E. A PESSOA DO REDENTOR DEVE SER O PRINCIPAL OBJETO DO NOSSO AMOR Originariamente, o amor está em Deus, pois “Deus é amor” (1Jo 4.8). Deus é a fonte e o protótipo de todo amor. Esse amor é eterno e necessário nele, pois o amor é essencial nele. Todavia, o amor não é essencial em nós (pelo menos esse tipo de amor divino), mas ele nos é dado e somos capacitados a amar de maneira graciosa. Todas as nossas manifestações de amor são emanações do amor de Deus e são efeitos dele em nós. Temos o dever de manifestar amor por Jesus Cristo porque fomos atingidos pelo amor de Deus. O nosso Redentor deve ser o principal objeto de nosso amor neste mundo. Eis algumas razões dessa verdade: 1. PORQUE É AMOR PELA MESMA ESSÊNCIA Assim como o amor do Pai pelo Filho é amor pela mesma essência, pois ambas as Pessoas da Trindade possuem a mesma essência, assim também o nosso amor por Jesus Cristo é um amor pela mesma essência. Não podemos nos esquecer de que Jesus Cristo é homoousios (da mesma essência) com o Pai de acordo com a sua natureza divina e homoousios conosco de acordo com a sua natureza humana. Quando amamos o nosso Redentor, não estamos amando simplesmente Deus, mas também Aquele que possui a mesma essência nossa – porque ele é um homem como nós. Quando amamos Cristo Jesus, estamos am

Essa pergunta também está no material:

Coleção fé evangélica - Heber Carlos de Campos - A união das naturezas do Redentor 672
672 pág.

Teologia Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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Desculpe, mas sua pergunta parece ser um trecho extenso de um texto religioso ou teológico. Se precisar de ajuda com alguma dúvida específica sobre o assunto, estou aqui para ajudar.

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