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João Carlos, acusado pelo crime de estupro contra Maria Elisa, entra furtivamente na casa de uma amiga da vitima e subtrai de sua escrivaninha uma ...

João Carlos, acusado pelo crime de estupro contra Maria Elisa, entra furtivamente na casa de uma amiga da vitima e subtrai de sua escrivaninha uma carta assinada pela própria Maria Elisa, admitindo que as acusações contra ele formuladas eram falsas, e que foram motivadas por vingança, já que a vitima era em verdade apaixonada pelo réu e foi por ele desprezada. De posse da carta, o advogado do réu promove sua juntada no processo, sob a alegação de que a vitima decidira confessar ao acusado que tudo não passava de uma mentira e que estava arrependida, requerendo que o Juiz o absolva, com base em tais evidências de sua inocência. Contudo, consciente de que tal fato não ocorrera dessa forma, o promotor de justiça requer autorização judicial para a interceptação das comunicações telefônicas do acusado e seu advogado, a qual é deferida, vindo aos autos a transcrição de conversa entre Luiz da Silva e seu advogado na qual o acusado revela que aprova fora obtida mediante a entrada furtiva na casa da amiga da vitima, mas que achou melhor apresentar outra versão em juízo de modo a dar aparência lícita para a prova que levará a absolvição do acusado. O promotor de justiça então requer desentranhamento da carta em virtude da sua ilicitude. Pergunta-se: a) Poderá o juiz determinar o desentranhamento da carta obtida por meio da entrada furtiva de João Carlos na casa de uma amiga de Maria Elisa em virtude do que foi comprovado na interceptação telefônica? b) Poderá o Juiz proferir sentença absolutória válida com fundamento na carta obtida por meio da entrada furtiva de João Carlos na casa de uma amiga de Maria Eliza , exclusivamente?

Respostas

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a) Sim, o juiz poderá determinar o desentranhamento da carta obtida por meio da entrada furtiva de João Carlos na casa de uma amiga de Maria Elisa em virtude do que foi comprovado na interceptação telefônica. Isso porque a prova foi obtida de forma ilícita, violando o direito à privacidade e intimidade da vítima e da amiga dela, o que a torna inadmissível no processo penal, conforme previsto no artigo 157, §1º, do Código de Processo Penal. b) Não, o Juiz não poderá proferir sentença absolutória válida com fundamento na carta obtida por meio da entrada furtiva de João Carlos na casa de uma amiga de Maria Elisa, exclusivamente. Isso porque a prova foi obtida de forma ilícita, violando o direito à privacidade e intimidade da vítima e da amiga dela, o que a torna inadmissível no processo penal, conforme previsto no artigo 157, §1º, do Código de Processo Penal. Além disso, a interceptação telefônica comprovou que a carta foi obtida de forma ilegal e que o réu e seu advogado estavam cientes disso, o que reforça a ilicitude da prova.

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