A irrigação com solução antisséptica, como clorexidina a 0,12%, pode ajudar na remoção de detritos e redução da carga bacteriana na região do abscesso. A drenagem adequada do pus também é essencial para a resolução do abscesso. Raspagem e alisamento radicular: A remoção de cálculo e biofilme bacteriano das superfícies radiculares expostas é fundamental para a eliminação da fonte de infecção. A raspagem e o alisamento radicular devem ser realizados cuidadosamente para evitar danos aos tecidos periodontais. Terapia antimicrobiana: O uso de antimicrobianos pode ser indicado em casos de infecção severa ou disseminada, ou quando há risco de complicações sistêmicas. Antibióticos de amplo espectro, como amoxicilina associada a ácido clavulânico, podem ser prescritos. No entanto, o uso indiscriminado de antibióticos deve ser evitado para prevenir resistência bacteriana. Analgésicos e anti-inflamatórios: Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para controle da dor e redução da inflamação associada ao abscesso. Terapia cirúrgica: Cirurgia de acesso: Em casos de abscessos periodontais persistentes ou recorrentes, pode ser necessária a realização de uma cirurgia de acesso para remoção do tecido inflamado e promover a drenagem adequada do abscesso. Durante o procedimento, a bolsa periodontal é aberta e os tecidos necróticos são removidos. Cirurgia de retalho: Em casos de abscessos associados a defeitos periodontais significativos ou furca exposta, pode ser indicada a cirurgia de retalho para acesso e tratamento adequado da região afetada. O retalho é levantado para permitir uma melhor visualização e acesso aos tecidos comprometidos. Acompanhamento e manutenção: Após o tratamento do abscesso periodontal, é importante que o paciente seja acompanhado regularmente para avaliação da saúde periodontal e prevenção de recorrências. A terapia periodontal de suporte (SPT) pode ser indicada para manter a saúde dos tecidos periodontais a longo prazo. O tratamento do abscesso periodontal deve ser individualizado de acordo com as características clínicas e radiográficas do paciente, bem como sua resposta ao tratamento inicial. Uma abordagem multidisciplinar envolvendo dentistas, periodontistas e médicos pode ser necessária em casos mais complexos ou associados a condições sistêmicas subjacentes. A prevenção da recorrência do abscesso inclui a manutenção de uma boa higiene oral, visitas regulares ao dentista e tratamento adequado de condições periodontais subjacentes, como periodontite. Controle da fase aguda: Incisão e drenagem: Quando o abscesso é identificado, a incisão e drenagem cirúrgica são frequentemente realizadas para aliviar a pressão e permitir a saída do pus acumulado. Raspagem e alisamento radicular: Em casos onde o abscesso está associado a bolsas periodontais profundas, a raspagem e alisamento radicular podem ser realizados para remover os depósitos de cálculo e biofilme bacteriano, promovendo a resolução da inflamação. Terapia antibiótica: Em alguns casos de abscesso com acentuada tumefação, dor intensa e sintomatologia aguda, pode ser indicado o uso de antibióticos sistêmicos para ajudar no controle da infecção. Os antibióticos mais comumente prescritos incluem amoxicilina, metronidazol, azitromicina, entre outros. No entanto, o uso de antibióticos deve ser limitado a um curto período de tempo (geralmente não mais que 5 dias) e deve ser seguido por tratamento mecânico adequado. Tratamento mecânico: Após o controle inicial da fase aguda, o tratamento mecânico, incluindo raspagem e alisamento radicular, é essencial para remover completamente os depósitos bacterianos das superfícies radiculares e promover a cicatrização dos tecidos periodontais. Tratamento da lesão original ou residual: Uma vez que a condição aguda esteja controlada, o tratamento da lesão periodontal original ou residual pode ser realizado conforme necessário. Isso pode incluir terapia periodontal convencional, como raspagem e alisamento radicular, terapia cirúrgica periodontal para acesso às áreas de difícil alcance, entre outros procedimentos. Perda dentária associada a abscessos periodontais durante a SPT: Estudos mostram que uma proporção significativa de dentes com abscessos periodontais durante a SPT acabam sendo extraídos. Alguns estudos relatam taxas de extração variando de 45% a 55% dos dentes afetados. O prognóstico de dentes com histórico de formação recorrente de abscesso é frequentemente considerado questionável, sugerindo uma relação direta entre a recorrência do abscesso e a perda dentária. A detecção precoce e o tratamento adequado são sugeridos como importantes para o manejo eficaz dos abscessos periodontais durante a SPT, com o potencial de melhorar o prognóstico do dente afetado. Disseminação da infecção relacionada a abscessos periodontais: Casos relatados descrevem a propagação da infecção a partir de abscessos periodontais para a circulação sistêmica e outras partes do corpo. A disseminação pode ocorrer de duas maneiras principais: Intratecidual durante a terapia: Em alguns casos, a disseminação da infecção ocorreu como resultado direto do tratamento de abscessos periodontais, como no caso de actinomicose pulmonar após o uso de ultrassom para raspagem periodontal. Consequente à bacteriemia causada por um abscesso não tratado: Em outros casos, a infecção pode se disseminar através da corrente sanguínea, causando complicações sistêmicas, como celulite ou fasciite necrosante em diferentes partes do corpo.
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