"O itinerário inscrito na História da loucura (Foucault, 2005) ressalta a construção dos limites de uma subjetividade –aquela moderna– e das profun...

"O itinerário inscrito na História da loucura (Foucault, 2005) ressalta a construção dos limites de uma subjetividade –aquela moderna– e das profundezas desta mesma subjetividade, ligada a uma tradição filosófica, religiosa e moral. O cérebro como o lugar da razão é também o lugar da consciência, do pecado, da falta, do ilícito. E lá, onde falta razão, reforça–se a punição. Mas a falta de razão não isentaria o sujeito de seus pecados? É de um misto, portanto, de razão e desrazão que a loucura vai ser construída. Ela não pode em todo o seu significado ser a ausência completa da razão. Ela precisa ser, de algum modo, conectada e avaliada pela razão, precisa preservar a possibilidade de julgamento externo. O sujeito louco, que oscila entre a inocência e a monstruosidade, entre a desrazão e a demência, vai ser constituído neste cruzamento paradoxal."

REBOUÇAS, Gabriela Maia. 

O avesso do sujeito: provocações de Foucault para pensar os direitos humanos. Opinión Jurídica, Vol. 14, N° 28, p. 45-62 - ISSN 1692-2530, Julio-Diciembre de 2015 / 240 p. Medellín, Colombia. 

Texto 2

"Edgar Morin propõe a emergência e o reconhecimento do Homo sapiens demens [demente]: um sujeito racional constituído pelo imaginário, a arte, a poesia, a literatura, um ser noológico e criativo."

[...]

"'A ideia que se possa definir homo, dando-lhe a qualidade de sapiens, isto é, de um ser razoável e sábio, é uma ideia pouco razoável e pouco sábia.' (Edgar Morin)".

AMORIM, Filipi Vieira. 

Homo sapiens sapiens x homo sapiens demens: 

a educação ambiental em busca das antinomias do homo sapiens degradandis. 37ª Reunião Nacional da ANPEd: 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis. (adap)

As citações transcritas acima nos permitem inferir que:

Opções de pergunta 14:

O ser humano é, a um só tempo, o resultado de uma combinação de Sapiens e Demens, que ora se revela como pessoa de sabedoria admirável, ora se manifesta por uma insensatez inesperada, que, por vezes, tanto pode ser destrutiva, como também criativa e até genial.

O raciocínio lógico, cuja expressão maior encontramos no conhecimento científico, é o fator preponderante que permitiu ao ser humanos o presente estágio de desenvolvimento.

Somente as pessoas razoáveis, e no pleno controle das suas faculdades mentais, podem ser consideradas de fato humanas.

A racionalidade humana é uma ilusão, prova disso são as atrocidades e destruições cometidas pelos seres humanos.

O lado "demens", da personalidade humana, impede que o homo sapiens desenvolva plenamente suas habilidades criativas, artísticas e poéticas.