Manuel tem 37 anos e procurou a terapia devido ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), após um acidente de carro que o deixou gravemente f...

Manuel tem 37 anos e procurou a terapia devido ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), após um acidente de carro que o deixou gravemente ferido. Após seis meses de acompanhamento, ele e o terapeuta iniciaram o processo de encerramento da terapia, fazendo sessões quinzenais. Contudo, na última sessão, Manuel comentou que estava ficando preocupado com o reaparecimento dos sintomas, especialmente se passasse por outra situação semelhante, mesmo que mais branda, como um pequeno erro no trânsito. Manuel comentou, ainda, que tem medo de não “dar conta” dos sintomas, sentindo-se inseguro. No momento, Manuel não apresentava todos os critérios para o diagnóstico de TEPT, apesar de, eventualmente, ainda reviver algumas memórias do dia do acidente.

A partir dos dados relatados anteriormente, é possível afirmar que:

I. Como Manuel ainda se sente inseguro para o encerramento da terapia e revive algumas memórias do acidente é indicado que o terapeuta retorne as sessões semanais.

II. O terapeuta poderá utilizar a técnica do “discurso socrático” para verificar, junto ao paciente, a validade dos pensamentos automáticos associados ao encerramento da terapia.

III. O terapeuta deverá focar-se, também, na prevenção da recaída, para que, assim, Manuel possa criar planos de enfrentamento para as situações gatilho futuras.

IV. Em relação a preocupação de Manuel quanto a um novo acidente e o retorno dos sintomas é indicado, apenas, que o terapeuta verifique a validade da preocupação, indicando ao paciente que ele retorne para terapia caso se envolva em situações semelhantes.

V. A partir da fala de Manuel, é possível identificar que o envolvimento em erros no trânsito pode ser uma das situações de alerta, que precisam ser incluídas no plano de prevenção da recaída.

São verdadeiras: