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O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de di...

O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Parágrafo único: Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. Também o art. 485, inciso I do Código de Processo Civil assim determina: O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial.

1.2 INÉPCIA DA PETIÇÃO INCIAL Os demandantes pedem lucros cessantes e danos morais na inicial. Todavia, eles não mencionam artigos que fundamentem a possibilidade desses pedidos. Logo, não há causa para pedir os lucros cessantes e danos morais. Em face da inépcia da petição inicial, peço, nos termos do artigo 330, inciso I, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil, bem como do artigo 337 do mesmo Diploma legal, o indeferimento dos lucros cessantes, dos danos morais e do pedido de anulação do negócio jurídico. Em consequência, a decretação da extinção total do processo sem resolução de mérito por força do artigo 485, inciso I do Código de Processo Civil. Trago, em amparo, transcrição do referido artigo (art. 330, inciso I parágrafo 1°, inciso I do Código de Processo Civil): A petição inicial será indeferida quando: I - For inepta §1°- Considera-se inepta a petição inicial quando: I - Lhe faltar pedido ou causa de pedir. E também do art. 337, inciso IV do Código de Processo Civil: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar IV - Inépcia da petição inicial. Segundo artigo 485, inciso I do Código de Processo Civil: O juiz não resolverá o mérito quando I - indeferir a petição inicial.
1.3 ASSISTÊNCIA DA JUSTIÇA GRATUITA Na petição inicial é pedido assistência da justiça gratuita; todavia, não é cabível, pois os demandantes são, respectivamente, funcionário público e banqueira. Logo, eles possuem estabilidade financeira, como afirmam em sua peça inicial. Tendo em vista que o demandante possui plenas condições de arcar com todas as despesas do processo e honorários, peço a este juízo que, nos termos do art. 337, XIII do Código de Processo Civil, se digne a denegar a concessão da assistência judiciaria gratuita pleiteada pelos demandantes, conforme apresentado a seguir: O art. 337, inciso XIII do Código de Processo Civil preceitua: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar. XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
2. MÉRITO 2.1 PRELIMINARES 2.1.1 DECADÊNCIA É evidente que a petição dos promoventes está prescrita, tendo em vista que o negócio jurídico foi firmado no dia 5 de abril de 2015 e a ação só foi iniciada em 15 de agosto de 2019; logo, se passaram mais de 4 anos, o que evidencia a prescrição do pedido de anulação do negócio jurídico, segundo o artigo 178, inciso II do Código Civil. Em amparo: Artigo 178, inciso II do Código Civil: É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: II - No de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico Em face da prescrição da petição inicial, peço, nos termos do artigo 178, incisos II código Civil, e seguindo a ordem do artigo 485, inciso II do Código de Processo Civil pugno pela resolução antecipada do mérito. O artigo 487, inciso I do código civil diz: Haverá resolução de mérito quando o juiz: I -Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção
2.2 PERDAS E DANOS É bem verdade que os promoventes não conseguiram terminar o projeto (galpão comercial) devido à diminuição área; todavia, como estes afirmam em sua petição, o promovente irá ressarcir a diferença, como já foi decido no processo administrativo. Além disso, embora o promovente tenha uma área menor, e como irá ressarcir o dano, não é cabível esta ação, conforme explicitado no artigo 235 do Código Civil. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. Percebe-se que o autor age com má-fé, tendo vista que almeja anular o negócio jurídico e ainda auferir o ressarcimento, o que vai contra o artigo supramencionado.
2.3 DANOS MORAIS O dano moral foi claramente arbitrado pelos promoventes, uma vez que a jurisprudência atual preconiza, em média o valor de R$ 3.000,00 (Três mil reais) e eles pediram R$ 20.000,00 (vinte mil reais); logo, é claro que estão indo contra o que o juízo pensa sobre o valor. Ademais a jurisprudência já decidiu desta forma sobre os danos morais: ACORDÃO CERTIFICADO DIGITALMENTE POR: SUZAQNA MASSAKO HIRAMA LORETO DE OLIVEIRA 12ª CÂMARA CÍVEL – APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.488.925-7 DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE GUARANIAÇU APELANTE 01: BELA IMAGEM STUDIOS FOTOGRÁFICOS LTDA. EPP. APELANTE 02: MERCADOMÓVEIS LTDA. APELANTE 03: IZABEL ALVES DOS SANTOS, ROSANGELA LOPES BUENO, SIDNEI ERNESTO TONIAL E JUREMA SOARES CHAVIER APELADOS: OS MESMOS RELATOR: SUZANA MASSAKO HIRAMA LORETO DE OLIVEIRA, EM SUBSTITUIÇÃO AO DESEMBARGADOR MÁRIO HELTON JORGE. AÇÃO ANULATÓRIA DE NÉGOCIO JURÍDICO CUMULADA COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS E INDENIZAÇÃO EM DANOS MORAIS JULGADA PROCEDENTE- CARACTERIZADO- QUANTUM FIXADO PELO JUIZO A QUO DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA ARBITRAMENTO – DEVER DE SOLIDARIEDADE ENTRE TODA A CADEIA DE FORNECEDORES DE PRODUTOS E PRESTADORES DE SERVIÇOS – RECURSOS DE APELAÇÃO – RECURSO 1, 2 CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS – RECURSO 3 CONHECIDO E DESPROVIDO.
3. CONCLUSÃO 3.1 DIANTE DAS PRELIMINARES SUCITADAS PEÇO: 3.1.1 IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA Sendo assim, peço a este juízo que se digne a receber a preliminar de incorreção do valor da causa, ouvindo o autor em 15 dias e, ao final, que Vossa Excelência fixe o valor correto da causa, sob pena de indeferir a petição inicial e extinção sem resolução do mérito do processo, por força dos artigos 321, parágrafo único e 485, inciso I do Código de Processo Civil. 3.1.2 INÉPCIA DA PETIÇÃO INCIAL Em face da inépcia da petição inicial, peço, nos termos do artigo 330, inciso I, parágrafo 1º do Código de Processo Civil e do artigo 337 do mesmo Código pelo indeferimento dos lucros cessantes, dos danos morais e do pedido de anulação do negócio jurídico. Em consequência, a decretação da extinção total do processo sem resolução de mérito, por força do artigo 485, inciso I do Código de Processo Civil. 3.1.3 ASSISTENCIA DA JUSTIÇA GRATUITA Tendo em vista que o demandante possui plenas condições de arcar com todas as despesas do processo e honorários, peço a este juízo que, nos termos do art. 337, XIII do Código de Processo Civil, se digne a denegar a concessão da assistência judiciaria gratuita pleiteada pelos demandantes.

Essa pergunta também está no material:

4 NPJ - ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
6 pág.

Direito Civil IV Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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