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-Lei n. 20067, que prescreve: Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na ...

-Lei n. 20067, que prescreve: Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria; a) Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. §1° As entidades compreendidas na Administração Indireta consideram-se vinculadas ao Ministério cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. § 2º Equiparam-se às Empresas Públicas, para os efeitos desta lei, as Fundações instituídas em virtude de lei federal e de cujos recursos participe a União, quaisquer que sejam suas finalidades. O art. 5º deste mesmo Decreto-lei define: I – Autarquia ─ o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. II - Empresa Pública ─ a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou de suas entidades da Administração Indireta criada por lei para desempenhar atividades de natureza empresarial que o seja levado a exercer, por motivos de conveniência ou contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito (ver nova denominação dada pela LRF). Na condição de proprietário da empresa pública, o Estado fica indiretamente obrigado a cobrir qualquer déficit, principalmente o corrente, pois está diretamente vinculado com a manutenção do funcionamento da entidade. Existem determinadas atividades que são peculiares às áreas privadas, porém o Estado é obrigado a intervir e desempenhá-las quando a iniciativa privada demonstra desinteresse ou fique comprovado que não existe a possibilidade de sua atuação em determinados serviços que são de natureza essencial e estratégica. Não obstante essas possibilidades, a de maior destaque está diretamente voltada ao atendimento à população, numa acepção ampla. A construção de Brasília evidenciou uma dessas necessidades ao criar a Sociedade de Abastecimento de Brasília (SAB) para a oferta de gêneros alimentícios a preços facilitados às pessoas que aqui se estabeleceram, pois não houve interesse da iniciativa privada, o que revelou a importância social e estratégica do Estado, até mesmo em atividades típicas da área privada. 2.9 Investimentos § 4º Classificam-se como investimentos] as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive, as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.  Dotações para o planejamento e a execução de obras Compreendem os dispêndios com o planejamento e com a obra em si, que podem incluir: estudos preliminares, projetos e, até mesmo, a aquisição de imóvel usado, se destinado à realização da obra, etc. Essa classificação é decorrente do aumento de bens produzidos e colocados à disposição da população e, por dependência, do aumento da ação do Estado, o qual deverá manter esses serviços criados em funcionamento. A disponibilidade de bens pode ocorrer por meio das empresas revendedoras de bens em geral, desde que sejam novos, ou do próprio Estado, ao realizar uma obra ou construir outro bem qualquer. O que difere, basicamente, investimentos de inversões financeiras é que aqueles se referem aos bens produzidos e estas a bens usados.  Dos programas especiais de trabalho Este programa já extinto não faz parte da classificação da natureza da despesa de que trata a Portaria n. 163/01 STN/SOF. Assim, as despesas realizadas com estas características têm seguir a legislação em vigor.  Obras e instalações Sobre obras e instalações, a Portaria Interministerial n. 163/01 – STN/SOF dispõe: Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores, aparelhagem para ar condicionado central, etc. O verbete instalações faz-se acompanhar por outro, obras, e ambos formam a classificação denominada: “obras e instalações”, que representa um dos desdobramentos da classificação da despesa de capital por natureza da despesa. Assim, tem-se, por exemplo: elevadores que representam instalações e são incorporados à obra, cuja classificação econômica deve recair em “obras e instalações”. As instalações são representadas “pelo conjunto de aparelhos ou de peças que compõem uma determinada utilidade”.  Equipamentos e material permanente São bens que normalmente trazem dificuldades no momento da classificação da despesa. Os equipamentos representam bens que, no conjunto, dão condições para que alguém possa desempenhar suas atividades ou executar os seus serviços. A dificuldade em distinguir material permanente de material de consumo fez com que a Lei estabelecesse uma forma que se tem mostrado eficiente para realizar tal distinção. Assim, se o bem, em condições normais de uso, durar dois anos ou mais, é considerado “material permanente”; caso contrário, sua classificação é “material de consumo”. Tem-se, assim, por exemplo, equipamentos: computadores e máquinas de calcular; e material permanente: cadeira, mesa e armários.  Constituição ou aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro Vê-se que neste item excluíram-se dos investimentos a constituição ou o aumento de capital de empresa comercial e financeira. A Lei, nesse aspecto, ao comparar os investimentos com as inversões financeiras, fez simplesmente a seguinte diferenciação: o aumento do capital de uma empresa que produz bens representa um investimento, isto porque há uma previsão do aumento da produção de bens, em razão da expansão das atividades da empresa. Já as empresas comerciais que não produzem, e sim repassam o que é produzido, e as financeiras, que trabalham com recursos de terceiros, intermediando recursos, representam uma inversão financeira. 2.10 Inversões financeiras § 5º - Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas à: I - aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.  Aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização As inversões financeiras possuem características diversas daquelas dos investimentos, como já foi explorado. Enquanto um imóvel novo representa um bem produzido, e como tal deve ser classificado como investimento, um imóvel usado, se adquirido pelo Estado, refere-se a inversões financeiras. Este inciso define que são consideradas inversões financeiras os títulos representativos de capital de empresas ou entidades de qualquer espécie já constituídas, desde que não haja aumento de capital. Assim, a aquisição de ações de uma empresa, desde que o seu capital não seja alterado, independente da forma, deve ser classificada como inversão financeira, pois não há a perspectiva de expansão dos negócios, o que caracterizaria aumento na produção de bens, nas empresas industriais.  Aquisição de títulos que não importe aumento do capital A aquisição de títulos de empresas já constituídas, desde que não haja aumento de capital, não significa expansão dos negócios, pois o que se está adquirindo é o que já está em operação. Em outras palavras, não constitui aumento, tampouco, a expansão da produção de bens da empresa, pois esta continuará operando com o patrimônio já existente.  Constituição ou aumento do capital não produtivo No que se refere à produção de bens, o aumento de capital das empresas que se apóiam em capital não produtivo é nulo. Aquelas que se dedicam a objetivos comerciais são simples intermediárias de mercadorias, porquanto as outras procuram alcançar seus objetivos ao intermediar recursos de terceiros. Portanto, também sem nenhum objetivo de crescimento na oferta de bens novos à população. Conclui-se que investimento relaciona-se aos bens novos lançados no mercado: bem produzido e final. Quando for um bem já em utilização, considera-se uma inversão financeira, exceto as aquisições de imóveis destinados à