A organização do congresso mais importante entre os evangélicos calvinistas, o “Encontro para a Consciência Cristã”, planejava trazer ao Brasil, em...

A organização do congresso mais importante entre os evangélicos calvinistas, o “Encontro para a Consciência Cristã”, planejava trazer ao Brasil, em 2024, o pastor estadunidense Douglas Wilson. Essa notícia, no entanto, causou diversas polêmicas: o pastor convidado, líder da Igreja de Cristo, é conhecido por defender a ideia de que a Bíblia autoriza a escravidão, e chegou a escrever dois livros que pretendem “tirar o estigma” do sistema escravista do sul dos EUA. Por conta da comoção popular, os organizadores do evento – a Visão Nacional para a Consciência Cristã (VNCC) – cancelaram a visita de Wilson, e o evento seguiu sem a sua participação. O pastor, em suas redes sociais, negou defender a escravidão e criticou a “cultura do cancelamento”. Fonte: Correio Braziliense Brasil Esse tipo de opinião não surgiu sem contexto. Douglas Wilson faz parte de uma geração de teólogos estadunidenses que, desde 1960, pretende aplicar uma revisão da história dos EUA. Ele entende que, se aplicada dentro dos “padrões bíblicos”, a escravidão no sul dos EUA teria, ainda hoje, um legado positivo para a humanidade; e com o tempo teria desaparecido naturalmente. Nos espanta perceber, muitas vezes, a capacidade de certos setores da sociedade ou personalidades de influência sustentarem opiniões aparentemente ultrapassadas, mesmo entre os intelectuais. Esse tipo de fenômeno não é novidade de nosso tempo, e ocorreu no passado de outras maneiras. Assinale a alternativa que melhor explique a ocorrência de tais anacronismos: