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turismo vem sendo uma temática de pesquisa que está em crescimento dentro do campo de estudo do turismo brasileiro. A partir desse ponto de vista, ...

turismo vem sendo uma temática de pesquisa que está em crescimento dentro do campo de estudo do turismo brasileiro. A partir desse ponto de vista, deve-se centralizar a crítica sobre o quão é urgente, necessário e fundamental para a economia e/ou crescimento de uma cidade, região, estado ou país, a construção de instrumentos que estimulem o turismo, focando parcerias entre Estado, sociedades do setor privado, tendo em vista que há toda uma cadeia de atores e eventos que implicam planejamento colegiado, coparticipação e responsabilidades na implementação dessas políticas. Para Henz et al. (2010, p. 4), o desenvolvimento harmônico da atividade turística é o principal papel das políticas públicas aplicadas ao turismo, sendo responsabilidade do Estado propiciar, construir e apoiar toda a infraestrutura de acesso. Especificamente quanto às políticas públicas de turismo, Henz et al. (2010, p. 4) destacam que essa abordagem “remete à organização pública a fim de suprir interesses e necessidades da sociedade”. De acordo com Lickorish e Jenkins (2000, p. 278), deve haver um equilíbrio entre as vantagens e as desvantagens do turismo. Esse equilíbrio deve ser determinado pelo desenvolvimento cuidadoso de políticas e pela implementação dessas políticas através do planejamento do desenvolvimento do turismo. Para Beni (2002), a política de turismo deve ser conduzida por três condicionamentos: o cultural, o econômico e o social, sendo a base das instituições públicas, em seus planos e programas, que irá determinar prioridades, promover incentivos e administrar recursos, formatando diretrizes de regulamentação e apoio ao setor. Entende-se que o turismo é uma atividade que depende essencialmente da ação do ser humano, na sua condição de interação, empatia e acolhimento, possibilitando a potencialização desse fenômeno, estabelecendo e permutando aspectos culturais e reivindicando para o ambiente local a capacidade de comercialização e intercâmbio cultural, muitas vezes implicando até mesmo nas relações sociais, fator a ser levado em conta devido a seu caráter agregador e promotor do turismo como atividade humana (MIELKE, 2009). Para Dantas (2018), o contexto das políticas públicas de turismo perpassa por mudanças significativas a partir da perspectiva de descentralização e interiorização do turismo, sendo então intensificados pela criação do Ministério do Turismo em 2003, bem como o Plano Nacional do Turismo – PNT 2003 – 2007. Nesse sentido, Silva (2014, p.16) destaca que: Três são os objetivos macros delimitados para Política de Turismo: 1 - alcançar e tratar cada região com suas peculiaridades; 2 - internacionalizar o turismo; 3 - interiorizar o turismo por todo o território nacional. Todos esses objetivos pautados na criação de produtos com a essência brasileira, ou seja, com características de cada região turística. Como forma de instituir e potencializar o turismo em roteiros existentes no interior dos estados, tem-se o Programa de Regionalização do Turismo: Roteiros do Brasil – preconizados no PNT (2003-2007). A ideia de regionalização do turismo é entendida como uma decisão que possibilita incrementar o poder atrativo dos destinos turísticos, visando à ‘maior integração entre os municípios para formatar um produto turístico regionalizado (MACHADO; TOMAZZONI, 2010). No que se refere à regionalização do turismo, especificamente quanto à intervenção nas unidades que comportam determinado plano, por exemplo, Feger et al. (2008, p. 8) ressaltam que “dificilmente, encontram-se regiões totalmente homogêneas”. Por esse motivo, deve-se buscar identificar as potencialidades, elaborar planos que pensem a realidade e que sejam capazes de promover atividades nesse setor, atraindo investimentos e demandas no turismo. Conforme Silva (2014), considerando dados de 2006 e 2013, somente os polos ligados à capital ou ao litoral estavam ativos, enquanto os polos do interior do Estado foram esquecidos pelos gestores públicos, que não tomaram medidas para alavancar o turismo de forma economicamente ativa. Levar em conta a capacidade de cada região e/ou município, promover o seu próprio turismo ou ainda formar parcerias para incrementar as atividades e eventos turísticos regionais deve focar o planejamento prévio a partir de um calendário em que se constate o valor desse tipo de fenômeno para o desenvolvimento geral. No contexto do Estado neoliberal, cuja ideologia emerge da globalização, o papel do Estado nas políticas de turismo passou a propiciar outros valores, passou de uma função de benefício comum para uma perspectiva corporativista que destaca a eficiência do investimento, o retorno, asseverando a predominância da racionalidade sobre os planos e programas públicos (HALL; JENKINS, 2004). Objetivamente, toda política deve ser implementada, executada e avaliada para promover resultados propositivos quanto à eficiência e/ou eficácia da ação, mas também para proporcionar credibilidade e referência para o gestor. Nesse sentido, é pertinente que o Estado possa programar ações ou programas que possibilitem incentivo aos diversos setores, fazendo dessa cadeia um colegiado responsável que saiba definir ações prioritárias nessa área e viabilize investimentos que possam gerar de um lado emprego e renda, e, do outro, eventos diversos e satisfação ao turista. Diante do exposto, percebe-se que quanto mais e melhor for o planejamento das ações, a definição clara das etapas e dos atores envolvidos, melhor tendem a ser os resultados e os benefícios dessa atividade econômica, tendo em vista que está diretamente ligada às relações e interações culturais e sociais, em diferentes contextos e realidades. Admite-se então que, no que concerne à política de turismo, é essencial o papel do gestor público, mas também da sociedade representada, ao buscar as melhores alternativas para promover etapas de planejamento e avaliação, no sentido de favorecer o desenvolvimento de práticas e/ou ações públicas ou privadas que possam estimular, incrementar e favorecer o desenvolvimento regional quanto aos fatores econômico, cultural, educacional e social, especialmente promovendo uma melhor qualidade de vida para os que fazem parte das áreas turísticas e gerando satisfação e fidelização do cliente turista, como visitante. Dessa forma, destaca-se que de acordo com a SETUR (2017), em seu plano estratégico para o turismo no estado do RN, no contexto do interior potiguar, as regiões turísticas contam com o setor de eventos como um impulsionador no desenvolvimento do turismo, sendo este um segmento que necessita encontrar-se presente nas discussões e planejamento dos atores que fazem parte das instâncias de governança regional do turismo do RN. Os Impactos dos Eventos no Contexto do Turismo Pensa-se que essa tentativa de definir não se reflete na prática, especialmente no que concerne ao Turismo de Eventos, pois as atividades continuam a ser executadas em todos os sentidos e dimensões, não se limitando ao que pensam os autores nas suas tentativas de definição desse tipo de fenômeno socioeconômico e cultural. Mais recentemente, ressaltando um conceito mais adotado pela WTO (2019), a referida organização passa a considerar que o turismo envolve as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras. No que se refere

Essa pergunta também está no material:

Planejamento e desenvolvimento do turismo nas regiões do seridó e trairi_cultura, lazer e eventos
586 pág.

Fundamentos Geográficos do Turismo Faculdade AnhangueraFaculdade Anhanguera

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