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Algumas premissas importantíssimas que eu desejo que você guarde em relação a este tópico: I - Para configurar a responsabilidade civil do Estado, ...

Algumas premissas importantíssimas que eu desejo que você guarde em relação a este tópico:
I - Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do prejuízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência legal.
II - A responsabilidade objetiva do Estado abrange danos materiais e morais.
III - Assim como os órgãos e entidades estatais, as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, respondem objetivamente, independentemente de dolo ou culpa.
IV - Segundo o mais recente entendimento do STF, firmado em tese de repercussão geral (Tema 130) a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço.
V - Caso haja dano a algum cidadão, por exemplo decorrente da má conservação de vias ou estradas, e reste provada conduta omissiva do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva.
VI - A simples existência de nexo causal entre a ação ou omissão e o resultado danoso é suficiente para haver a responsabilização civil do Estado, independe das responsabilidades criminais e/ou administrativos dos agentes públicos.
VII - O valor da indenização deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu e o que gastou, com advogado p.ex., para ressarci-se do prejuízo, bem como o que deixou de ganhar em consequência direta do ato lesivo causado pelo agente (lucros cessantes).
VIII - Segundo o CESPE, o caso fortuito e a força maior excluem o nexo causal, pois são eventos externos à vontade das partes.
IX - O Estado, regra geral, não é responsabilizado pela atuação do juiz ou do parlamentar, em suas funções típicas. Entretanto, a CF/88 estabelece duas exceções em seu art.5, inciso LXXV: erro judiciário e prisão alem do tempo fixado na sentença, ambas na esfera penal.
X - a responsabilidade objetiva de empresas fornecedoras de bens e serviços (farmácias, supermercados), diversamente do que ocorre com os bancos, que demandam segurança ostensiva, não há direito a indenização a cliente assaltado, pois esse caso equipara-se a caso fortuito externo, que rompe o nexo de causalidade (boa para sua prova de Direito Civil).

Essa pergunta também está no material:

Princípios da Administração Pública
121 pág.

Administração Fatec LinsFatec Lins

Respostas

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Essa é uma questão complexa sobre responsabilidade civil do Estado. Vamos analisar cada premissa: I - Correto. Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do prejuízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência legal. II - Correto. A responsabilidade objetiva do Estado abrange danos materiais e morais. III - Correto. Assim como os órgãos e entidades estatais, as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente, independentemente de dolo ou culpa. IV - Correto. Segundo entendimento do STF, a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço. V - Incorreto. Caso haja dano decorrente da má conservação de vias e reste provada conduta omissiva do Estado, a responsabilidade é objetiva, não subjetiva. VI - Correto. A existência de nexo causal entre a ação ou omissão e o resultado danoso é suficiente para a responsabilização civil do Estado, independente das responsabilidades criminais e administrativas dos agentes públicos. VII - Correto. O valor da indenização deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu e gastou para se ressarcir do prejuízo, incluindo lucros cessantes. VIII - Incorreto. O caso fortuito e a força maior não excluem o nexo causal, pois são eventos externos à vontade das partes, mas não necessariamente rompem o nexo causal. IX - Correto. O Estado, regra geral, não é responsabilizado pela atuação do juiz ou parlamentar em suas funções típicas, exceto em casos de erro judiciário e prisão além do tempo fixado na sentença na esfera penal. X - Incorreto. A responsabilidade objetiva de empresas fornecedoras de bens e serviços abrange casos de assalto a clientes, não se equiparando a caso fortuito externo. Portanto, as premissas corretas são: I, II, III, IV, VI, VII e IX.

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