Leia o excerto abaixo retirado do voto do relator Aires Brito a respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.277: [De acordo com o art. 1....

Leia o excerto abaixo retirado do voto do relator Aires Brito a respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.277: [De acordo com o art. 1.723 do Código Civil] É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. [...] No mérito, julgo procedentes as duas ações em causa. Pelo que dou ao art. 1.723 do Código Civil interpretação conforme à Constituição para dele excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como "entidade familiar", entendida esta como sinônimo perfeito de "família". Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. STF. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.277, de 2011. Voto do relator Aires Brito. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2018. No ano de 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal julgaram a Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132, nessa decisão houve o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. A partir dessa situação retratada pode-se afirmar que: I - De acordo com a Teoria Tridimensional do Direito, essa situação pode ser entendida como uma relação entre os fatos sociais, valores e norma jurídica. II - A interação entre fatos sociais e a norma jurídica é compreendida pela Teoria Tridimensional do Direito como desnecessária para a compreensão da formação do Direito. III - O Supremo Tribunal Federal ao fazer uma interpretação da norma contida no Código Civil conforme à Constituição Federal, respeitando os princípios da igualdade e da liberdade reconhece também a existência de outras formas de organização familiar, inclusive entre pessoas do mesmo sexo