A ação de um poço de petróleo ou gás procura sempre dispor de duas ou mais barreiras quanto ao controle da produção dos fluidos das formações. A Portaria No 25/2002 da Agência Nacional do Petróleo (ANP) define "barreira" como uma separação física apta a conter ou isolar os fluidos dos diferentes intervalos permeáveis, podendo ser líquida, sólida consolidada ou sólida mecânica. As barreiras podem ser dos tipos: a) Operacional: disponível e atuante durante a operação no poço, por exemplo, fluido de amortecimento, lubrificadores e engaxetamento. Uma falha desta barreira é prontamente observada. b) Ativa ou de espera: barreiras disponíveis, mas necessitam acionamento externo, por exemplo, BOP e árvore de natal. Necessitam de testes periódicos de verificação. c) Passiva: barreira física independente, por exemplo, revestimento cimentado e packer de produção. d) Condicional: equipamento funciona como barreira em condições especiais, por exemplo, standing valve com fluido de completação. Durante a perfuração, completação e intervenções posteriores, constituem barreiras o preventor de erupções (BOP), a pressão hidrostática do fluido de perfuração ou de completação e os equipamentos de controle de pressão na superfície. No poço em produção, constituem barreiras no anular: o revestimento íntegro e bem cimentado, o packer de produção, os tubos e componentes da coluna e o suspensor de coluna-adaptador. No interior da coluna, formam barreiras os tubos e componentes da coluna, o DSSS, tampões assentados na coluna ou nos bores do tubing hanger, o corpo e as válvulas da árvore de natal molhada. O poço comprovadamente não surgente funciona como uma barreira de segurança natural. Durante abandonos temporários de poços completados, exigem-se pelo menos duas barreiras sólidas. Durante toda a completação do poço, a principal barreira de segurança é o BOP.
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