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Insônia A insônia pode ser um transtorno por si só ou um sintoma de outro transtorno. 10-30% dos adultos sofrem de períodos de insônia pelo menos u...

Insônia
A insônia pode ser um transtorno por si só ou um sintoma de outro transtorno.
10-30% dos adultos sofrem de períodos de insônia pelo menos uma vez na vida.
O principal tratamento para a insônia se dá pela mudança nos hábitos de vida, abordando a higiene do sono. A psicoterapia pode ter um papel chave nesse processo.
Os medicamentos que induzem o início ou persistência do sono são chamados hipnóticos. Como geralmente também acalmam, são também sedativos, constituindo assim o grupo dos sedativos-hipnóticos.
Julia Kempa – Insomnia (2019)
Barbitúricos
Já foram receitados para insônia, mas hoje seu uso é evitado.
Anti-histamínicos de primeira geração
Reduzem a sinalização de histamina e de acetilcolina.
São comumente utilizados contra náuseas e alergias.
Fazem dormir, mas não dão um sono de qualidade e desestabilizam o ciclo do sono.
Rapidamente desenvolvem tolerância.
Os dois maiores exemplos para esse fim são a Doxilamina (Dormidina, Silencium, Unisom) e Difenidramina (Benadril).
Benzodiazepínicos
Muitos benzodiazepínicos indicados para ansiedade têm efeito terapêutico contra a insônia. Porém, assim como para ansiedade, não são recomendados para uso prolongado dado o risco de dependência e de tolerância. Normalmente não são a primeira opção de tratamento.
Exemplos são o Midazolam (Dormonid), Alprazolam (Frontal), Lorazepam (Lorax) e o Diazepam (Valium).
sono) e uma versão “CR”, de absorção mais lenta e continuada (para a manutenção do sono).
Eszopiclona (Prysma)
Mais potente e com maior meia-vida, com efeitos similares à versão CR do Zolpidem.
Agonistas de melatonina
São uma classe nova de medicamentos para insônia, aprovados no Brasil em 2018. O primeiro aprovado foi a Ramelteona (Rozerem). Não causam dependência e possuem efeitos colaterais mais brandos, como tontura e sonolência prolongada.
Outros
Alguns medicamentos de outros grupos, como o antipsicótico Quetiapina (Seroquel) e o antidepressivo Amitriptilina (Amytril) causam sonolência, podendo ser úteis no tratamento de pacientes que apresentam insônia como sintoma da psicose ou do transtorno do humor. Medicamentos contra enjoo também podem ter efeitos sedativos temporários, como a Escopolamina (Buscopan) e Dimenidrinato (Dramin).
O ácido gama-hidroxibutírico (GHB) é um sedativo-hipnótico eficiente, mas pode facilmente induzir a overdoses acidentais e a associação com crimes como o “boa noite Cinderela” fazem dele bastante regulado.
Narcolepsia
Narcolepsia é a inabilidade de regular ciclos de sono, resultando em sonolência diurna excessiva (SDE) e episódios de sono incontrolável. Normalmente o sono tem baixa qualidade, fazendo o paciente não se sentir descansado. Em alguns casos, pode acompanhar alucinações e paralisia do sono.
A etiologia é desconhecida, mas parecem haver fatores genéticos envolvidos.
Muitas pessoas com narcolepsia e SDE não reconhecem que possuem uma condição a ser diagnosticada e tratada.
Não há cura, mas melhoras podem ser alcançadas com mudanças nos hábitos de vida e intervenções com estimulantes.
Henry Fuseli – The Nighmare (1781)
Estimulantes
Modafinila (Stavigile)
Receitado para episódios de sono incontrolável.
O mecanismo de ação ainda não é bem conhecido.
Os efeitos colaterais são brandos, como dores de cabeça, náuseas e insônia.
Já foi apelidada de “droga da inteligência”, sendo utilizada indiscriminadamente por estudantes buscando maior atenção.
Outras drogas estimulantes, como o Metilfenidato (Ritalina) e Lisdexanfetamina serão discutidas em uma aula futura, já que são primariamente receitadas para outros transtornos.
Cafeína
O estimulante mais consumido no mundo.
É um antagonista de receptores de adenosina, indiretamente aumentando a sinalização de dopamina e adrenalina. Pode induzir a sintomas leves e temporários de abstinência.
O consumo regular pode ser eficaz para casos de sonolência diurna excessiva.
Obrigado!
marcos.cordeiro@unoesc.edu.br

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PF 09
8 pág.

Psicofarmacologia Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das MissõesUniversidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

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