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Qual é o principal desafio enfrentado pelos Assistentes Sociais na Secretaria de Educação do Amazonas?

a) A falta de estrutura e normas que garantam condições éticas e técnicas para a atuação autônoma dos profissionais.
b) A desvalorização salarial e a migração frequente dos profissionais para outros setores ou concursos.
c) A falta de preparação para atuar de forma remota durante a pandemia de COVID-19.
d) A escassez de vagas efetivas nos diversos setores e coordenadorias da Secretaria de Educação.
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O principal desafio enfrentado pelos Assistentes Sociais na Secretaria de Educação do Amazonas é a falta de estrutura e normas que garantam condições éticas e técnicas para a atuação autônoma dos profissionais. Portanto, a alternativa correta é: a) A falta de estrutura e normas que garantam condições éticas e técnicas para a atuação autônoma dos profissionais.

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Concorda-se com o autor, pois verifica-se que a polivalência no trabalho é um assunto amplamente discutido por diversas áreas do conhecimento, e, nada melhor do que o campo da aprendizagem para o desenvolvimento de múltiplas competências. Atualmente no Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 20 de dezembro de 2017, prevê o desenvolvimento de competências e habilidades comuns aos estudantes, para garantir a aprendizagem escolar. Na particularidade do Ensino Médio, o documento prevê a alteração dos currículos a partir do ano de 2022, que contarão com uma carga horária conjunta e itinerários formativos, que poderão ser escolhidos pelos estudantes após terem cursado uma carga horária obrigatória. Esses itinerários preveem: a) investigação científica; b) processos criativos; c) mediação e intervenção sociocultural; d) empreendedorismo (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017). Atenta-se para o fato de que mudanças nos processos educativos são necessárias, tendo em vista o modelo engessado e já ultrapassado, mediado por avaliações e notas padronizadas, que por vezes não abarcam as particularidades de aprendizagem dos estudantes. Por outro lado, o Novo Ensino Médio pode acirrar a competitividade entre os sujeitos, principalmente se os itinerários formativos direcionarem suas escolhas para a inserção no mercado de trabalho, produzindo apenas mão de obra mais qualificada em detrimento do capital. Tais fatos retroalimentam essa racionalidade neoliberal, tendo em vista que os sujeitos se encontram “cada um por si”, sem proteção ou uma renda mínima básica que garanta seu sustento. Assim, não se reconhecem como coletivo, e a comunidade se transforma em uma arena de competições; se demuda em um espaço de apresentação de inovações e adaptações, buscando sempre a excelência, sem falhas no processo (DARDOT; LAVAL, 2016). Os sujeitos que ingressam na EJA, já carregam experiências e histórias de vida cheias de significados. Muitas vezes também não se reconhecem no espaço escolar ao não terem a validação de seu conhecimento empírico. Discutir estratégias que promovam espaços democráticos e coletivos dentro das escolas é fundamental na tentativa de amenizar os efeitos dessa racionalidade neoliberal instaurada nos tempos de hoje.

Importante é o papel de profissionais assistentes sociais que têm o seu projeto ético-político alicerçado em princípios que lutam por uma nova ordem societária sem dominação, exploração de classe, raça/cor/etnia e gênero. Importa, ademais, destacar que a escola, muitas vezes, precisa “libertar- se da escola” e não ficar “presa” somente em seu espaço físico, como destaca o pesquisador português António Nóvoa (2014). Ir para além vai permitir um acolhimento mais humanizado, pois, ao conhecer a realidade e a diversidade do seu território, a resposta a todos/as alunos/alunas será amplamente qualificada. O espaço público da educação, ao ir para além da escola, vai permitir a existência de uma cidade mais acolhedora, aumentando sua responsabilidade social com temáticas que precisam ser problematizadas, como gravidez na adolescência, uso de drogas, doenças sexualmente transmissíveis, racismo, xenofobia, homofobia que hoje estão sendo responsabilidade apenas das escolas. A pandemia - COVID 19 explanou a realidade mais profunda da sociedade brasileira, exigiu distanciamento social, reforçou-se pela utilização da tecnologia, o que pode, por um lado, qualificar a formação, democratizando-a, mas, por outro, ampliar a distância entre setores da sociedade com poderes aquisitivos distintos, limitando o acesso ao conhecimento para setores que vivem às margens da sociedade. Um dos desafios mais recentes das/os assistentes sociais, para que possam contribuir com a transformação de realidade, é problematizar e promover a inclusão digital junto à política de educação, que é uma nova realidade, mas sempre pautando as contradições, as limitações e a importância do ensino presencial em contraponto à aprendizagem somente por plataformas, a qual pode produzir, muitas vezes, apenas uma “relação consumista da educação”, como também discute Nóvoa. Porém, deve-se também entender, como aborda Demo (2007), que o acesso tecnológico é um fator preponderante para a inclusão social, mesmo que a tecnologia não determine a sociedade, tem relação direta na complexidade, dinamicidade e ambivalência das relações. Diante de tudo isso, é que se faz necessário pautar o debate sobre o Serviço Social na educação, pois essa é uma área que tem como compromisso lutar pelos direitos sociais, dentre esses, a inclusão escolar; compreendendo, para isso, a importância de um redimensionamento na educação escolar brasileira para além de uma sociabilidade burguesa adaptadora que, muitas vezes, é reforçada pela desigualdade virtual. Então, o desafio está lançado para as/os assistentes sociais na educação, já que uma das questões prementes a essas/esses profissionais é no sentido de contribuir não só para o acesso e permanência à escola, como também, para a universalização do acesso de base às tecnologias digitais, tanto de estudantes, como de docentes. Desejo uma excelente leitura, pois sabemos o quanto a discussão proposta neste livro será útil e vai colaborar com o trabalho de qualificação de profissionais que atuam em lócus educacionais.

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