Vamos analisar as alternativas com base no conceito de ecogênese proposto por Fernando Chacel, que enfatiza a impossibilidade de recriar ecossistemas originais devido às mudanças climáticas e morfoclimáticas ao longo do tempo. A. Trabalhar com as espécies vegetais disponíveis, hoje, no mercado, procurando conseguir o melhor resultado estético possível porque, após a destruição de determinado ecossistema, não há como recuperá-lo. - Essa opção ignora a importância de trabalhar com as características bióticas locais. B. Trabalhar com completa liberdade na escolha das coberturas vegetais, não só porque a globalização chegou ao mercado produtor de mudas mas, também, devido à fácil aclimatação de espécies no nosso clima, onde “se plantando tudo dá”. - Essa opção desconsidera a necessidade de respeitar as características dos ecossistemas locais. C. Entender que a reprodução parcial ou completa de ecossistemas pré-existentes é perda de tempo, pois as condições climáticas atuais são completamente diferentes das reinantes há 4.000 anos. - Embora reconheça a mudança nas condições climáticas, não aborda a importância de trabalhar com as espécies que se adaptam ao novo contexto. D. Tentar a máxima aproximação com o universo vegetal anteriormente existente, do ponto de vista biótico, ciente de que o resultado exibirá características de uma paisagem criada ou reconstruída pela mão do homem, segundo seus conceitos culturais e estéticos. - Esta opção reflete a ideia de que, embora não se possa recriar um ecossistema original, é possível buscar uma aproximação respeitosa com a vegetação local. E. Inventariar as espécies vegetais anteriormente existentes na área de trabalho e reproduzir fielmente as características do ecossistema original, de forma que sua intervenção passe despercebida. - Essa opção sugere uma recriação fiel, o que é impossível segundo Chacel. A alternativa que melhor se alinha com os conceitos de ecogênese e a abordagem do arquiteto paisagista é: D. Tentar a máxima aproximação com o universo vegetal anteriormente existente, do ponto de vista biótico, ciente de que o resultado exibirá características de uma paisagem criada ou reconstruída pela mão do homem, segundo seus conceitos culturais e estéticos.