A questão do risco do objeto no comodato envolve a análise das responsabilidades do comodante e do comodatário. Em geral, o comodatário deve zelar pelo bem emprestado e, em caso de risco, deve priorizar a proteção do bem do comodante. No entanto, se o comodatário se vê em uma situação em que a salvação de seus próprios bens pessoais está em jogo, ele pode ter que tomar decisões que priorizem sua segurança. O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 579, estabelece que o comodatário é responsável pela conservação do bem, mas não é responsável por perdas ou danos que não sejam decorrentes de sua culpa. Portanto, se o comodatário agir de forma a proteger seus bens pessoais, isso pode ser justificado, desde que não haja negligência em relação ao bem emprestado. Em resumo, a situação deve ser analisada caso a caso, considerando as circunstâncias e a boa-fé das partes envolvidas.