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Concurso de Pessoas Cezar Bitencourt

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CONCURSO DE PESSOAS 
CEZAR BITENCOURT – XXVII – PÁGINA 538
Introdução
Concurso de pessoas é a consciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal. A cooperação na realização do fato típico pode ocorrer desde a elaboração intelectual até a consumação do delito.
Cabe advertir que não entram no âmbito da codelinquência as condutas praticadas após a consumação do crime.
Teorias sobre o concurso de pessoas
Discute-se se a conduta delituosa praticada em concurso constitui um ou vários crimes.
Pluralística
Para essa teoria cada participante corresponde uma conduta própria, um elemento psicológico próprio e um resultado igualmente particular. À pluralidade de agentes corresponde a pluralidade de crimes.
Entretanto, essa ideia não pode ser sustentada, já que condutas praticadas em concurso de agentes dirigem-se para a realização de um mesmo crime, mantendo-se a unidade de imputação para todos aqueles que nele participam. 
Dualística
Para essa teoria há dois crimes: um para os autores, aqueles que realizam a atividade principal, e outro para os partícipes, aqueles que desenvolvem uma atividade secundária, de menor importância, que não realizam a conduta descrita no tipo penal.
Contudo, o crime continua sendo um só, e muitas vezes, a ação daquele que realiza a atividade típica é tão importante quanto a do partícipe que atua no planejamento da ação executória que é levada a cabo pelos demais.
Monística ou Unitária
Para essa teoria o fenômeno da codelinquência deve ser valorado como constitutivo de um único crime, para o qual converge todo aquele que voluntariamente adere à prática da mesma infração penal. No concurso de pessoas todos os intervenientes do fato respondem, em regra, pelo mesmo crime.
Como deve ser valorada a conduta individual daqueles que participam no mesmo crime?
	- Deve-se considerar todos os intervenientes no mesmo crime como autores de uma obra comum, sem fazer qualquer distinção de qualidade entre as duas condutas praticadas. – Sistema Unitário de Autor. – Teoria adotada pelo CP/40, onde todos os participantes de uma mesma infração penal devem ser punidos igualmente.
	- Deve-se considerar o crime praticado como o resultado da atuação de sujeitos principais e de sujeitos secundários, que realizam condutas qualitativamente distintas. – Sistema diferenciador. – O legislador da reforma penal distingue a punibilidade de autoria e de participação.
“Como visto, o legislador penal brasileiro adotou a teoria monística, determinando que todos os participantes de uma infração penal incidem nas sanções de um único e mesmo crime, e, quanto à valoração das condutas, adotou um sistema diferenciador, distinguindo atuação de autores e partícipes, permitindo uma adequada dosagem de acordo com a efetiva participação e eficácia causal da conduta de cada participante, na medida da culpabilidade, perfeitamente individualizada”.
Causalidade física e psíquica
O Direito Penal brasileiro adota a teoria da equivalência das condições, que não distingue causa e condição na produção do resultado típico.
A causalidade é o elemento material, objetivo do concurso – a contribuição causal física -, importante, necessária, mas insuficiente para aperfeiçoar o instituto. É indispensável a presença, ao mesmo tempo, de um elemento subjetivo, a vontade e consciência de participar da obra comum. Ou seja, é necessária a consciência e vontade de participar, elemento que não necessita revestir-se de qualidade de ‘acordo prévio’.
A causalidade física é apenas um fragmento do complexo problema do concurso de pessoas, que exige também o liame subjetivo para completar-se. Inexistindo o nexo causal ou o liame subjetivo não se poderá falar em concurso de pessoas.
	Exemplo: Um indivíduo que quer contribuir com a prática de um homicídio empresta sua arma que no final não é utilizada na execução do crime, e não influi de forma alguma no animo do autor. – Nesse caso não houve eficácia causal da participação.
		Um criado que, por imprudência ou negligência, deixa aberta a porta da casa que favorece a prática de um furto. – Nesse caso não houve o elemento subjetivo.
Requisitos do concurso de pessoas
Pluralidade de participantes e de condutas
Concorrência de mais de uma pessoa na execução de uma infração penal. A participação de cada um contribui para o desdobramento causal do evento e todos respondem pelo fato típico em razão da norma de extensão do concurso.
Relevância causal de cada conduta
A conduta típica ou atípica de cada participante deve integrar-se à corrente causal determinante do resultado. Nem todo comportamento constitui ‘participação’, pois precisa ter ‘eficácia causal’, provocando, facilitando ou ao menos estimulando a realização da conduta principal.
Vínculo subjetivo entre os participantes (Liame subjetivo)
Deve existir a consciência de que participam de uma obra comum. A ausência desse elemento psicológico desnatura o concurso eventual de pessoas, transformando-o em condutas isoladas autônomas. 
Identidade de infração penal
Para que o resultado da ação de vários participantes possa ser atribuído a todos, ‘tem que consistir em algo juridicamente unitário’.
Autoria
O Conceito de autoria pode estar limitado à conduta dos agentes principais, se partimos de um sistema diferenciador de autor. Um sistema verdadeiramente diferenciador de autor caracteriza-se, fundamentalmente, pela adoção do princípio de acessoriedade da participação.
A autoria dentro de um sistema diferenciador não pode circunscrever-se a quem pratica pessoal e diretamente a figura delituosa, mas deve compreender também quem se serve de outrem como ‘instrumento’ (autoria mediata). É possível que mais de uma pessoa pratique a mesma infração penal, ignorando que colabora na ação de outrem (autoria colateral), ou então, consciente e voluntariamente, coopere no empreendimento criminoso praticando atos de execução (coautoria).
Conceito Extensivo de autor
Sob o prisma naturalístico da causalidade não se distingue a autoria da participação. Todo aquele que contribui com alguma causa para o resultado é considerado autor. Não se distingue a importância da contribuição causal de uns e de outros. Para essa teoria, o tratamento diferenciado à participação (partícipes) deveria ser visto como “constitutivo de causas de restrição ou limitação da punibilidade”.
Essa distinção deveria ser feita em face da lei estabelecendo penas diferentes para o autor, o indutor e o cúmplice. Segundo essa teoria, é autor quem realiza uma contribuição causal ao fato, seja qual for seu conteúdo, com ‘vontade de autor’, enquanto é partícipe quem, ao fazê-lo possui unicamente ‘vontade de partícipe’. 
Conceito restritivo de autor
Tem como ponto de partida o entendimento de que nem todos os intervenientes no crime são autores. Somente é autor quem realiza a conduta típica descrita na lei. Sendo assim, nem todo aquele que interpõe uma causa realiza o tipo penal, pois ‘causação não é igual a realização do delito’. As espécies de participação, instigação e cumplicidade, somente poderão ser punidas, nessa acepção, através de uma norma de extensão. Portanto, realizar conduta típica é objetivamente distinto de favorecer a sua realização. 
O conceito restritivo de autor necessita ser complementado por uma teoria da participação.
Teoria objetivo-formal
Essa teoria define como autor aquele cujo comportamento se amolda ao círculo abrangido pela descrição típica e, como partícipe, aquele que produz qualquer outra contribuição causal ao fato.
Teoria objetivo-material
Procurou suprir os defeitos da formal-objetiva, considerando a maior perigosidade que deve caracterizar a contribuição do autor em comparação com a do partícipe.
Teoria do domínio do fato
Distingue com clareza autor e partícipe, admitindo com facilidade a figura do autor mediato, além de possibilitar melhor compreensão da coautoria.
Autor, segundo essa teoria, é quem tem o poder de decisão sobre a realização do fato. É não só o que executa a ação típica, como também aqueleque se utiliza de outrem, como instrumento, para a execução da infração penal (autoria mediata).
O âmbito de aplicação da teoria do domínio do fato limita-se aos delitos dolosos. Segundo Welzel, ‘autor de um delito culposo é todo aquele que mediante uma ação que lesiona o grau de cuidado requerido no âmbito de relação, produz de modo não doloso um resultado típico’.
Autoria mediata
“É autor mediato quem realiza o tipo penal servindo-se, para execução da ação típica, de outra pessoa como instrumento”. Todo o processo de realização da figura típica, segundo essa teoria, deve apresentar-se como obra da vontade reitora do “homem de trás”, o qual deve ter absoluto controle sobre o executor do fato. O executor, na condição de instrumento, deve encontrar-se absolutamente subordinado em relação ao mandante.
As hipóteses mais comuns de autoria mediata decorrem do erro, da coação irresistível, e do uso de inimputáveis para a prática do crime, o que não impede a possibilidade de sua ocorrência em ações justificadas do executor.
Já nos “crimes de mão própria” será impossível a figura de autor mediato (no entanto, para Welzel, a participação é possível nos crimes de mão própria como em qualquer outro). Além desses casos especiais, a autoria mediata encontra seus limites quando o executor realiza um comportamento conscientemente doloso. Aí o ‘homem de trás’ deixa de ter o domínio do fato, compartindo-o com quem age imediatamente, na condição de coautor, ou então fica na condição de partícipe.
Coautoria
É a realização conjunta, por mais de uma pessoa, de uma mesma infração penal. É, em ultima análise, a própria autoria. É desnecessário um acordo prévio. É, portanto, a atuação consciente de estar contribuindo na realização comum de uma infração penal. Essa consciência constitui o liame psicológico que une a ação de todos, dando o caráter de crime único.
Todos participam da realização do comportamento típico. Basta que cada um contribua efetivamente na realização da figura típica e que essa contribuição possa ser considerada importante no aperfeiçoamento do crime.
Participação em sentido estrito
É a intervenção em um fato alheio, o que pressupõe a existência de um autor principal. O partícipe não pratica um tipo penal, mas realiza uma atividade secundária que contribui, estimula, ou favorece a execução da conduta proibida.
Espécies de participação
Artigo 31 – A doutrina em geral tem considerado duas espécies de participação: instigação e cumplicidade.	Comment by Gustavo Araujo: Participação Moral	Comment by Gustavo Araujo: Participação moral
Instigação
Ocorre a instigação quando o partícipe atua sobre a vontade do autor. Significa criar na mente de outrem a ideia de cometer um crime, bem como animar, estimular, ou reforçar uma ideia já existente.
O partícipe não toma parte nem na execução nem do domínio do fato. A instigação é uma espécie de participação mora, que contribui moralmente para a prática do crime.
Cumplicidade	Comment by Gustavo Araujo: Participação material
É a participação material, em que o partícipe exterioriza a sua contribuição através de um comportamento, de um auxílio. Pode efetivar-se, por exemplo, através do empréstimo da arma do crime. Nada impede que a cumplicidade também ocorra sob a forma de omissão, por exemplo, no caso de um vigilante que deixa a porta aberta propositalmente para facilitar a ação do autor do furto.
A cumplicidade se caracteriza por acelerar, assegurar ou facilitar a execução que é levada a cabo pelo autor, ou por intensificar o resultado do delito. 
É indispensável a presença de dois requisitos: eficácia causal e consciência de participar na ação de outrem. Não basta realizar a atividade de partícipe se esta não influir na atividade final do autor. Não tem relevância a participação se o crime não for, pelo menos tentado. O partícipe precisa ter consciência de participar na ação principal e no resultado.
Fundamento da punibilidade da participação
Teoria da participação na culpabilidade
Segundo essa teoria, o partícipe é punido pela gravidade da influencia que exerce sobre o autor, convertendo-o em delinquente ou, no mínimo, contribuindo para tanto.
Teoria do favorecimento ou da causação
O fundamento da punição do partícipe, para essa teoria, reside no fato de ter favorecido ou induzido o autor a praticar “um fato socialmente intolerável, consequentemente típico e antijurídico”. O agente é punível não porque colaborou na ação de outrem, mas porque com a sua ação ou omissão, contribuiu para que o crime fosse cometido.
A vontade do partícipe deve dirigir-se à execução do fato principal, ele não viola por si mesmo a norma típica.
Princípio da acessoriedade da participação
Teoria da acessoriedade extrema
A relevância típica da conduta do partícipe estaria na dependência de o comportamento principal ser típico, antijurídico e culpável, excetuando-se apenas as circunstâncias agravantes e atenuantes da pena. Por essa teoria, se o autor fosse inculpável, o partícipe seria impunível.
Teoria da acessoriedade mínima
É suficiente que a ação principal seja típica, sendo indiferente a sua juridicidade. Isso equivale a afirmar que uma ação justificada para o autor constitui crime para o partícipe.
Teoria da acessoriedade limitada
Exige que a conduta principal seja típica e antijurídica. Pode ocorrer o que os autores têm denominado “provocação de uma situação de legítima defesa”, em que o instigador induz um terceiro a agredir a outrem que sabe que está armado. Este reage em legítima defesa e mata o agressor induzido. Por essa teoria o instigador não pode ser punido como partícipe, em razão de o fato principal estar justificado para o executor.
Concurso em crime culposo
A doutrina brasileira admite a coautoria em crime culposo, rechaçando, contudo, a participação. Pode existir na verdade um vínculo subjetivo na realização da conduta, que é voluntária, inexistindo, contudo, tal vínculo em relação ao resultado, que não é desejado. Os que cooperam na causa, na falta do dever de cuidado objetivo, agindo sem a atenção devida, são coautores.
Assim, no exemplo do passageiro que induz o motorista a dirigir em velocidade excessiva e contribui diretamente para um atropelamento, para a doutrina brasileira seria coautor.
Concurso em crimes omissivos
Participação em crime omissivo – Ocorre normalmente através de um agir positivo do partícipe que favorece o autor a descumprir o comando legal. O paciente que instiga o médico a não comunicar a existência de uma enfermidade contagiosa às autoridades sanitárias não é autor de delito autônomo, mas partícipe de um crime omissivo.
Participação por omissão em crime comissivo – O caixa que deixa o cofre aberto para facilitar o furto é partícipe, com sua ação omissiva, de um crime comissivo.
Fica claro que entendemos ser perfeitamente possível a coautoria em crime omissivo próprio. Se duas pessoas deixarem de prestar socorro a uma vítima, podendo fazê-lo sem risco pessoal, praticarão, individualmente, o crime de omissão por socorro. Se essas duas pessoas, de comum acordo, deixarem de prestar socorro, serão coautoras do crime de omissão de socorro.
Autoria Colateral
Há autoria colateral quando duas ou mais pessoas, ignorando a contribuição da outra, realizam condutas convergentes, objetivando a execução da mesma infração penal. É o agir conjunto de vários agentes, sem reciprocidade consensual, no empreendimento criminoso que identifica a autoria colateral. A ausência do vínculo subjetivo entre os intervenientes é o elemento caracterizador da autoria colateral.
Por exemplo, quando dois indivíduos, sem saber um do outro, colocam-se de tocaia e quando a vítima passa deferem tiros, ao mesmo tempo, matando-a, cada um responderá pelo crime cometido. Se houvesse o liame subjetivo ambos responderiam como coautores de homicídio qualificado.
Na autoria colateral é indispensável saber quem produziu o que. O que matou deve responder por homicídio e o outro por tentativa. Se houvesse o vínculo subjetivo ambos responderiam por homicídioem coautoria. 
Multidão delinquente
Linchamentos em praça pública, as invasões de propriedades...
A prática coletiva de delito apesar de ocorrer em situação normalmente traumática, não afasta a existência de vínculos psicológicos entre os integrantes da multidão, caracterizadores do concurso de pessoas. Nos crimes praticados por multidão delinquente é desnecessário que se descreva minuciosamente a participação de cada um dos intervenientes.
Aqueles que praticarem o crime sob influência de multidão em tumulto poderão ter suas penas atenuadas (artigo 65, CP). Por outro lado, terão a pena agravada os que promoverem, organizarem ou liderarem a prática criminosa ou dirigirem a atividade dos demais (artigo 62, CP).
Participação impunível
A participação está condicionada a dois requisitos fundamentais: eficácia causal e consciência de participar na ação comum. De outro lado, sabe-se que o crime não será punido se não foi, pelo menos, tentado. A participação em um crime que não chegou a iniciar não teve eficácia causal, e sem essa eficácia não há falar em participação criminosa. – Artigo 31, CP.
Punibilidade do concurso de pessoas
Participação de menor importância
Artigo 29, §1º, CP. A participação se refere ao partícipe. 
O partícipe que teve uma atuação normal de partícipe na prática da infração penal deverá ter sua pena base graduada nos termos do artigo 59. Será facultado ao juiz reduzi-la em maior ou menor grau, se constatar maior ou menor intensidade volitiva do partícipe, se constatar maior ou menor culpabilidade deste.
Cooperação dolosamente distinta
Acontece quando a conduta executada difere daquela idealizada a que aderira o partícipe, isto é, o conteúdo do elemento subjetivo do partícipe é diferente do crime praticado pelo autor.
Por exemplo, “A” determina a “B” que dê uma surra em “C”. Por razões pessoais, “B” mata “C”, excedendo-se na execução do mandato. A solução dada pela reforma penal leva à punição de “A” pelo delito de lesões corporais, que foi o crime desejado, cuja pena será elevada até a metade se o homicídio for previsível.
Uma exceção à regra anteriormente enunciada de que no concurso de pessoas todos os intervenientes respondem pelo mesmo crime.
Comunicabilidade das circunstâncias condições e elementares
Circunstâncias – dados, fatos, elementos ou peculiaridades que apenas ‘circundam’ o fato principal. Elas podem ser objetivas ou subjetivas. 
Objetivas são as que dizem respeito ao fato objetivamente considerado, à qualidade e condições da vítima, ao tempo, lugar, modo, e meios de execução crime. 
Subjetivas são as que se referem ao agente, às suas qualidades, estado, parentesco, motivos do crime, etc. 
Condições de caráter pessoal são as relações do agente com o mundo exterior, com outros seres, com estado de pessoa, de parentesco...
Elementares do crime são dados, fatos, elementos e condições que integram determinadas figuras típicas.
Artigo 30 – Cada agente responderá de acordo com suas circunstâncias e condições pessoais.

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