Ed
há 10 meses
Vamos analisar as alternativas apresentadas com base na situação descrita e na legislação pertinente. A) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ter havido pedido do MP neste sentido, nos termos do disposto no art. 311 do Código de Processo Penal. Análise: O art. 311 do CPP realmente menciona que a prisão preventiva deve ser decretada a pedido do MP, mas a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva não necessariamente requer um pedido formal do MP. B) A juíza não poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, eis que os fundamentos por ela utilizados não são idôneos para justificar a medida extrema do sistema de medidas cautelares pessoais, que é a prisão preventiva. Análise: A juíza apresentou fundamentos que, à primeira vista, parecem adequados para a decretação da prisão preventiva, como a reincidência e a gravidade do crime. C) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP. Análise: Esta alternativa está correta, pois a juíza tem a autonomia para decidir sobre a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, mesmo que o MP tenha opinado pela liberdade provisória. D) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não se confundirem a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva com a decretação da prisão preventiva. Análise: Embora a conversão e a decretação sejam diferentes, a justificativa não é suficiente para sustentar a decisão da juíza. E) A juíza, ao não concordar com a manifestação do MP sobre a aplicação de medidas cautelares alternativas, deveria remeter a questão ao Procurador-Geral de Justiça, nos termos do disposto no art. 28 do Código de Processo Penal, conforme decisões reiteradas do STJ. Análise: O art. 28 do CPP trata da possibilidade de o juiz não acatar a manifestação do MP, mas não exige que a questão seja remetida ao Procurador-Geral de Justiça nesse caso específico. Diante da análise, a alternativa correta é: C) A juíza poderia ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, por não ficar vinculada à manifestação do MP.
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