Buscar

DOSIMETRIA

José da Silva foi surpreendido por policiais, logo após ter assasinado o seu amigo Manuel, vulgarmente conhecido como portuga, ele matou porque o seu amigo não quis lhe emprestar a bicicleta. José tinha contra ele diversos inquéritos instaurados (abertos) todos em andamento e por vários crimes. José era alcoólatra , batia na mãe e na esposa. A vítima Manuel portuga, antes de ser morta deu um tapa em José, porque este estava lhe importunando para emprestar a bicicleta. Com a morte de Manuel, sua mulher ficou viúva, porém não trabalhava e tinha 9 filhos para criar, todos crianças. Na qualidade de juiz, faça a 1 fase da dosimetria da sentença.

💡 2 Respostas

User badge image

Eliezer Guedes

Questão simples. Como estou sem tempo de pesquisar, vou responder com as referências a artigos que sei de cabeça. Os demais, você completa, quanto ao que achar necessário.

Vamos lá.

 De início, vou presumir que José da Silva foi denunciado como incurso nas penas do Art. 121, §2º, inc. II, do CP. Partindo dessa premissa, poderemos ter.

Na primeira fase da dosimetria, verifico que o agente ostenta uma péssima conduta social, porquanto era alcoólatra, batia na mãe e na esposa, e as consequências do crime extrapolam o normal da espécie delitiva, já que a vítima deixou mulher viúva e com 9 filhos, com difícil condição econômica. Por isso, fixo a pena-base em 15 anos, na forma do art. 59 do CP.

Registro que muito embora possua inquéritos policiais instaurados, eles não servem para valoração de quaisquer circunstâncias, ante o princípio da presunção da inocência, conforme consagrado na jurisprudência pátria.

O motivo do crime, embora reprovável, constitui circunstância que qualifica o crime. Ante a vedação do “non bis in idem”, deixo de considerá-lo.

Na segunda fase da dosimetria da pena, inexistem atenuantes ou agravantes, de igual forma como inexistem causas especiais, pela terceira fase. Razão pela qual, mantenho a pena-base inalterada e a torno definitiva para cumprimento.

Como não há cominação de multa do tipo penal, deixo de dosá-la.

Inviável a subsituição da pena ou a respectiva suspensão, porquanto não preenche os requisitos legais.

Fixo o regime fechado para início do cumprimento da pena, consoante as regras do art. 33 do CP.

Não há informações sobre a condição financeira do réu. Sendo isso pressuposto para fixação do valor mínimo a título de reparação civil, deixo para justiça cível, em eventual ação civil ex delito, a tarefa de individualizá-la.

Transitado em julgado, lance o nome do réu no rol de culpados e encaminhe-se a arma de fogo para o comando do exército, para destruição.

Como não há informação de que o réu encontra-se preso, deixo de tecer considerações sobre o direito de permanecer em liberdade ou sobre a necessidade de recolhimento ao cárcere, diante eventual necessidade de prisão preventiva.

Registre-se. Publique-se. Intime-se.

0
Dislike0
User badge image

Roberta Bastos

Muuuuito obrigada
0
Dislike0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais