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Médico debocha de paciente na internet e é demitido. Pacientes e internautas ficaram indignados com a postura do funcionário. Um médico plantonista do hospital público Santa Rosa de Lima, administrado pela Santa Casa de Serra Negra, em São Paulo, foi afastado do trabalho após ter uma foto divulgada em seu Facebook em que debocha de um paciente que não falou corretamente as palavras “pneumonia” e “Raio-X” em uma consulta. O médico em questão publicou em sua rede social a imagem de um receituário em que se lê: “Não existe peleumonia e nem raôxis”. A postagem foi comentada pelas funcionárias do hospital, que também foram demitidas. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informou que vai instaurar uma sindicância para avaliar a postura do profissional. O caso ganhou repercussão depois que a denúncia foi publicada na coluna “Comentando”, e outros pacientes e internautas ficaram indignados com a postura do clínico geral. A diretoria do Hospital Santa Rosa de Lima publicou uma nota em que repudia o comportamento dos ex-funcionários.
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais, assim, a atitude do médico demonstra:
a. o preconceito linguístico.
b. o preconceito racial.
c. o preconceito pela classe social prestigiada.
d. a importância da linguagem coloquial.
e. a importância do estudo da língua.
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ExpressãoComunicativa

há 6 meses

Respostas

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há 6 meses

Analisando a situação apresentada, o médico debochou de um paciente por não utilizar corretamente termos médicos, o que reflete uma atitude negativa em relação à forma como o paciente se expressou. Essa postura é um exemplo claro de desvalorização de uma forma de falar que pode ser comum entre pessoas de diferentes classes sociais ou níveis de escolaridade. Vamos analisar as alternativas: a) o preconceito linguístico - Esta opção se refere à discriminação ou desvalorização de formas de linguagem que não se encaixam nos padrões considerados "corretos" ou "normativos". É exatamente isso que o médico demonstrou ao zombar do paciente. b) o preconceito racial - Não se aplica ao caso, pois não há menção a questões raciais. c) o preconceito pela classe social prestigiada - Embora possa haver uma relação, a questão central é a linguagem, não necessariamente a classe social. d) a importância da linguagem coloquial - Embora a linguagem coloquial tenha seu valor, a atitude do médico não demonstra isso, mas sim uma desvalorização. e) a importância do estudo da língua - Embora o estudo da língua seja importante, a questão aqui é sobre a atitude negativa do médico, não sobre a importância do estudo. Portanto, a alternativa correta que melhor representa a atitude do médico é: a) o preconceito linguístico.

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No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar no título do filme Que horas ela volta? um erro de português “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica: “O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.”
Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.
Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas, SP: Mercado das Letras; Associação de Leitura do Brasil, 1996.)
Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (MATTOSO C MARA JR., Joaquim. História da Linguística. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1975.)
Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Editorial, 2007.)
A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (CAMACHO, Roberto Gomes. O sistema escolar e o ensino da língua portuguesa. Alfa, São Paulo, 29, p. 1-7, 1985.)
Nunca há um erro no português, haverá sempre um erro numa variedade da língua.” Para Bechara, o erro, pois, não ocorre somente na inobservância à norma padrão, mas na transgressão à norma esperada para a situação de fala ou de escrita específicas. (BECHARA, Evanildo. Ensino de gramática. Opressão? Liberdade? 11. ed. São Paulo: Ática, 2002.)

Ao elaborarmos um texto, precisamos ter em mente que estamos escrevendo para alguém. Seja um texto literário, acadêmico, publicitário, técnico ou comercial, a redação sempre apresenta alguém que escreve (emissor) e alguém que o lê (receptor). O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso para o receptor é o canal (no nosso caso, imagine que é o papel). Os fatos, objetos ou imagens, bem como os juízos ou raciocínios que o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor utiliza (no nosso caso, a língua portuguesa) constitui o código. Assim, por meio de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma mensagem, que se reporta a um contexto ou referente.
Com base nisso, considere as afirmativas abaixo: I. Em uma montanha, um índio se comunica com outra tribo por meio da fumaça de uma fogueira. Nessa situação, o canal utilizado para transmitir a mensagem é a fumaça. II. Em uma partida de futebol, após uma falta, o juiz levanta um cartão vermelho em direção ao jogador que a cometeu. Nessa situação, a expulsão do jogador é a mensagem transmitida. III. No trânsito de uma cidade, o guarda apita e levanta a palma da mão em direção aos carros em um cruzamento. Nessa situação, o código utilizado é a língua portuguesa. Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas:
Apenas III é verdadeira.
Apenas II é verdadeira.
I, II e III são verdadeiras.
I e a II são verdadeiras.
I e a III são verdadeiras.

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