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Qual a diferença entre Repristinação e Efeito Repristinatório?

💡 2 Respostas

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vinicius viera

Repristinação é a restauração da lei revagada por ter a lei revogadora perdido sua vigência, o que não é aceito pelo ordenamento jurídico brasileiro, nos termos do art. 2º, § 3º, da LINDB - Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro.

Por outro lado, o efeito repristinatório está relacionado às decisões proferidos pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle de constitucionalidade, referindo-se  a reentrada em vigor de norma  revogada, na medida em que a norma revogadora é declarada inconstitucional.

Isto ocorre, pois o art. 11, § 2º, da Lei n.º 9.868/99, a qual trata da ADI e da ADC, elucida que a concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.

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DLRV Advogados

A repristinação é um fenômeno legislativo no qual há a entrada novamente em vigor de uma norma efetivamente revogada, pela revogação da norma que a revogou.

Portanto, a repristinação ocorre quando uma lei é revogada por outra, e, posteriormente, a própria norma revogadora é revogada por uma terceira lei, que irá fazer com que a primeira tenha sua vigência reestabelecida.

Exemplo: A lei 2 revogou a 1. A lei 3 revogou a 2. A repristinação ocorreria se a lei 1 retornasse a vigência.

No ordenamento jurídico patrio, a lei revogada não se restaura automaticamente por ter a lei revogadora perdido a vigência, isto é, não é permitida a repristinação tácita. A repristinação só é admitida se for expressa. Deve a nova lei trazer expressamente a norma revogada a vigor.

"Art. 2º LINDB. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência."

Já o efeito repristinatório advém do controle de constitucionalidade. De maneira simples, a decisão que reconhece a inconstitucionalidade de um ato normativo declara que este é nulo desde seu nascimento. Desta forma, quando é declarada a inconstitucionalidade de um ato revogador, é como se o ato jamais tivesse existido, não tendo ocorrido, portanto, a revogação da norma anterior, que retorna a vigência.

Assim, o efeito repristinatório é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional.

Em um caso de controle de constitucionalidade em que a lei B, que revogou a lei A, seja declarada inconstitucional pelo STF, esta voltará a vigorar. 

 

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