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Ola ! qual os efeitos da confusão ?

💡 2 Respostas

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Rodrigo Mariano

No direito das obrigações, a confusão tem como efeito primordial a extinção da obrigação. Para GONÇALVES (2004, p. 340), “A confusão extingue não só a principal mas também os acessórios, como a fiança e o penhor, por exemplo, pois cessa para o fiador e outros garantes o direito de regresso, incompatível com os efeitos da confusão.”

Para Maria Helena Diniz (2007, p.352):

“Claro está, pelo art. 381 do Código Civil, que um dos efeitos da confusão é operar a extinção da obrigação, desde que na mesma pessoa se aglutinem as qualidades de credor e devedor. Se acarretar a extinção da obrigação principal, ipso facto extinguir-se-á a relação acessória, já que accessorium sequitur principale;”

Por outro lado, a recíproca não é verdadeira. A obrigação principal que foi contraída pelo devedor permanecerá, se a confusão ocorrer nas pessoas do credor e fiador ou fiador e devedor. No primeiro caso (credor e fiador), extingue-se a fiança, porque ninguem pode ser fiador de si próprio. Já no segundo (fiador e devedor), desaparece a garantia porque deixa de oferecer qualquer vantagem para o credor.

(Rafael de Oliveira Jaques Jardim)

Bos estudos!

 

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Isabelle Rodrigues Iório

 

A fusão constitui negócio plurilateral que tem por finalidade jurídica a integração de patrimônios societários em uma nova sociedade. Uma das consequências principais desta operação jurídica é a extinção de todas as sociedades fundidas para que surja uma nova sociedade (art. 1.119, CC e art. 228, LSA). Os sócios buscam, através da fusão, somarem seus recursos patrimoniais e empresariais, afetando, assim, a personalidade jurídica de todas as empresas envolvidas. A mudança na personalidade jurídica da sociedade é justamente o que diferencia a fusão das outras operações societárias.

O principal efeito da fusão é a independência completa da nova sociedade em relação às sociedades extintas, nenhum órgão das últimas é herdado. Os patrimônios líquidos das sociedades fusionadas irão constituir o capital social da nova sociedade que irá surgir. O negócio de fusão acarreta a sucessão, a título universal, de todos os direitos, obrigações e responsabilidades anteriormente assumidas pelas sociedades fusionadas, a cargo da nova sociedade. A transferência dos patrimônios das sociedades fusionadas dá-se a título de pagamento das quotas ou ações subscritas pelos sócios daquelas. A fusão, assim trata-se de um ato constitutivo e desconstitutivo ao mesmo tempo, porque agrega os patrimônios das sociedades, entretanto leva ao desaparecimento das sociedades fusionadas, porque é causa direta de extinção das sociedades envolvidas.

De acordo com o art. 1.120 do Código Civil, as sociedades que pretendem unir-se deverão cada uma delas, tomar a decisão neste sentido na forma estabelecida para os respectivos tipos societários. Os administradores das sociedades que pretendem a fusão revolverão a respeito dos aspectos negociais e técnicos da fusão, e elaborarão um projeto de ato constitutivo da nova sociedade que irá se formar e um plano de distribuição do capital social. Tais elementos serão apresentados na reunião ou assembleia de sócios das sociedades a serem fusionadas e acompanhadas do “protocolo de fusão”, que encerrará as justificativas econômicas da medida. Aprovado este protocolo, será necessário fazer a avaliação do patrimônio de cada uma dessas sociedades, tarefa esta que ficará a cargo de peritos especializados.[7]

Apresentados os laudos de avaliação pelos peritos, os administradores de cada sociedade envolvida convocarão seus sócios para uma Assembleia Geral conjunta, em que após analise dos laudos, se resolverá definitivamente sobre a constituição da nova sociedade. Se constituída, os novos administradores eleitos farão a inscrição dos atos relativos à fusão no registro próprio da sede, conforme determina o art. 1.121, CC.

Assim, resumindo, a fusão se concretiza em duas fases: a primeira, na manifestação de vontades das sociedades envolvidas, mediante a celebração dos documentos preliminares que consubstanciam o consentimento de todas, e em segundo, a consumação se dá pela deliberação soberana da Assembleia Geral. A constituição da nova sociedade consuma o negócio da fusão, que desde logo, é eficaz em relação a seus sócios. Contudo, quanto a terceiros e aos sócios ausentes, o negócio apenas terá eficácia depois de cumpridos os trâmites da publicidade, do arquivamento dos atos constitutivos no Registro de Comércio e da publicação no Diário Oficial e em jornal de grande circulação.

 Há algumas espécies de sociedades que são submetidas a regime especial para o caso de fusão, como as empresas estrangeiras que somente poderão fazê-la com prévia autorização do governo, do mesmo modo, acontece com as empresas de seguros.

Entre os objetivos específicos da fusão, pode-se destacar: a racionalização da produção, a adoção dos progressos tecnológicos, a reorganização das estruturas e a maior facilidade em evitar a concorrência. A fusão das empresas também pode ter como objetivo conseguir recursos para seu próprio crescimento, recursos tais como novos equipamentos, clientela, pessoal, entre outros, ou ainda aumentar a dimensão da empresa através da incorporação de filiais comuns no seio do grupo.

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