A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF – possui regulamentação na Lei 9882/99 e tem como objeto:
São legitimados para a propositura da ADPF os mesmos da ADI genérica (art. 2º, I, Lei 9882/99), ou seja, todos os indicados no art. 103, CF:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
A Representação Interventiva ou ADI Interventiva, por sua vez, tem como objeto:
Princípios sensíveis são os indicados no art. 34, VII, da CF:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
O único legitimado para a propositura da ADI Interventiva federal é o Procurador Geral da República.
Percebe-se, portanto, que as principais diferenças entre a ADPF e a ADI Interventiva são o objeto e os legitimados para a propositura dessas ações.
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