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A grande novidade na economia brasileira das primeiras décadas do século XIX foi o surgimento da produção do café para exportação. A introdução do cafeeiro no Brasil deveu-se a Francisco de Melo Palheta, que em 1727 trouxe para o Pará as primeiras sementes da planta. Utilizado no consumo doméstico, o café chegou ao Rio de Janeiro por volta de 1760, misturando-se aos pequenos cultivos de pomares e hortas dos arredores da capital da Colônia. Foi, porém, no extenso Vale do Rio Paraíba, atravessando uma parte do Rio e de São Paulo, que se reuniram as condições para sua primeira grande expansão em níveis comerciais. (Boris Fausto, História do Brasil, p. 186) Sobre tais condições, é correto afirmar que, no Vale do Rio Paraíba,
A) Desenvolveu-se uma mentalidade empresarial defensora das alforrias de escravizados e havia uma topografia plana.
B) Havia uma importante produção de algodão voltada para o mercado interno e a disponibilidade de capitais britânicos.
C) Havia proprietários já preocupados com a transição para a mão de obra livre e preponderavam pequenas propriedades.
D) Havia um excedente de capitais oriundo da renda da primeira ferrovia do país e havia abundância de mão de obra imigrante.
E) Existia terra virgem disponível e clima favorável, além da proximidade do porto do Rio de Janeiro, facilitando a obtenção de crédito.
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Exercícios Para o Aprendizado

há 6 meses

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há 6 meses

Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o contexto histórico da produção de café no Vale do Rio Paraíba: A) Desenvolveu-se uma mentalidade empresarial defensora das alforrias de escravizados e havia uma topografia plana. - Embora a topografia plana seja um fator importante para a agricultura, a mentalidade empresarial defensora das alforrias não era predominante na época. B) Havia uma importante produção de algodão voltada para o mercado interno e a disponibilidade de capitais britânicos. - A produção de algodão era significativa, mas o foco principal da economia no Vale do Rio Paraíba era o café, não o algodão. C) Havia proprietários já preocupados com a transição para a mão de obra livre e preponderavam pequenas propriedades. - Na verdade, a produção de café era dominada por grandes propriedades e a transição para a mão de obra livre não era uma preocupação imediata. D) Havia um excedente de capitais oriundo da renda da primeira ferrovia do país e havia abundância de mão de obra imigrante. - A ferrovia começou a se desenvolver mais tarde e a mão de obra imigrante se tornou relevante posteriormente, mas não era uma característica inicial da produção de café. E) Existia terra virgem disponível e clima favorável, além da proximidade do porto do Rio de Janeiro, facilitando a obtenção de crédito. - Esta alternativa reflete bem as condições que favoreceram a expansão do cultivo de café, com terras férteis, clima adequado e a proximidade do porto facilitando a exportação. Portanto, a alternativa correta é: E) Existia terra virgem disponível e clima favorável, além da proximidade do porto do Rio de Janeiro, facilitando a obtenção de crédito.

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Com o objetivo de promover pouco a pouco a substituição do braço escravo na lavoura de café, recorreu-se, nos meados do século XIX, à colonização estrangeira, sob sistema de parceria. Pretendia-se, dessa maneira, conciliar fórmulas usadas nos núcleos coloniais de povoamento com as necessidades do latifúndio cafeeiro. Contava-se com a experiência dos núcleos coloniais de povoamento cuja criação desde a vinda da Corte de D. João VI para o Brasil tinha sido estimulada. A partir de então, havia se rompido definitivamente com as tradicionais restrições à fixação de estrangeiros na colônia. Estimulava-se a vinda de imigrantes. (Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos. 6. ed. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999) O trecho acima aponta um primeiro motivo para o incentivo à imigração: a substituição do trabalho escravo. Outros motivos pertinentes para se estimular a migração foram:
A) A pluralização de povos, que estava nos planos imperiais de miscigenação da população, e a alta mortalidade da escravaria do campo.
B) A questão demográfica, reconhecendo-se a necessidade de povoamento do país, e o branqueamento da população que, à época, era composta majoritariamente por negros e indígenas.
C) A crise do modelo agrário brasileiro, com a expulsão dos proprietários de suas terras tradicionais, e a falta de trabalhadores no vasto território do Império.
D) Os problemas econômicos do Império, que já não possuía mais recursos para a compra de escravos africanos, cada vez mais caros, e o aumento da população de escravos e indígenas, que ameaçava os domínios de Pedro II.
E) A chegada da família real com sua corte, o que trouxe a necessidade de mão de obra excedente, e a dificuldade de se controlar a população escrava.

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