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Sobre este fenômeno histórico e seus desenvolvimentos, leia atentamente as assertivas a seguir:
I - Mesmo considerando a sua brutalidade ao abolir sumariamente os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o Terror não foi desprovido de propósitos legítimos. Os insurgentes jacobinos tiveram o mérito de atender às necessidades dos habitantes que se encontravam em condição de miséria e as viúvas cujos maridos haviam morrido em batalha.
II - Para concretizar seu projeto político, Robespierre concentrou o poder no "Comitê de Salvação Pública", empregando-o sempre em defesa dos interesses da Convenção e das organizações populares em detrimento dos monopólios econômicos e do desenvolvimento do capitalismo, o qual buscou aniquilar para estabelecer sua própria concepção de coletividade.
III - O Terror refreou as insurreições que emergiram contra a República. Com a fabricação de instrumentos de decapitação, executaram-se muitas pessoas que eram contrárias ao governo vigente, e não só os membros dos girondinos como também indivíduos que em teoria eram alinhados politicamente ao regime, mas que discordavam do autoritarismo de Robespierre.
IV - O Terror operou como se suas ideias e práticas políticas fossem as únicas que correspondessem aos interesses universais do povo, da pátria e da revolução. Buscando implantar uma pedagogia republicana que regenerasse os cidadãos da França, sua construção do ideal democrático ainda não se estendeu às colônias francesas e seu sistema escravagista.
É correto o que se diz em:
a. III, apenas
b. II e IV, apenas.
c. I e III, apenas.
d. III e IV, apenas.
e. I e II, apenas.
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há 2 meses

Vamos analisar cada uma das assertivas: I - A afirmação menciona que, apesar da brutalidade do Terror, ele tinha propósitos legítimos e atendeu às necessidades dos habitantes em miséria. Essa afirmação é discutível, pois embora os jacobinos buscassem atender a algumas necessidades, a brutalidade e a violação dos direitos humanos são amplamente criticadas. Portanto, essa assertiva é parcialmente verdadeira, mas pode ser considerada problemática. II - A afirmação diz que Robespierre concentrou o poder no "Comitê de Salvação Pública" e que ele buscou aniquilar o capitalismo. Isso é uma simplificação, pois Robespierre e os jacobinos, em muitos aspectos, não eram contra o capitalismo, mas sim contra os excessos e as desigualdades que ele gerava. Portanto, essa assertiva é imprecisa. III - A afirmação sobre o Terror refrear insurreições e a execução de muitos, incluindo aqueles que discordavam do autoritarismo de Robespierre, é verdadeira. O Terror realmente visava eliminar a oposição, mesmo entre aqueles que eram aliados. IV - A afirmação sobre o Terror operar como se suas ideias fossem as únicas que correspondessem aos interesses universais do povo é verdadeira. O Terror buscou implantar uma pedagogia republicana, mas realmente não se estendeu às colônias e ao sistema escravagista, o que é uma crítica válida. Com base nessa análise, as assertivas III e IV são verdadeiras. Portanto, a alternativa correta é: d) III e IV, apenas.

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Sobre o monarca francês Luís XVI e sua atuação perante o contexto caótico da França do final do século XVIII, assinale a alternativa correta:
a. Luís XVI planejou uma fuga de Paris para as proximidades da fronteira, onde receberia ajuda de outros países europeus alarmados com os acontecimentos. Embora tenha escapado em 6 de outubro de 1789, logo foi reconhecido com sua família e detido nos arredores de Varennes.
b. O reinado de Luís XVI não tinha previsões de gastos rigorosos. Logo, o monarca podia lançar mão diretamente dos impostos para atender às necessidades de seu padrão de vida e do da corte de Versalhes – porém, o luxo dos privilegiados era uma ofensa à miséria dos pobres.
c. Barrado pela formação da República, Luís XVI não pôde cooperar com os nobres austríacos, ingleses e prussianos que eram parte da chamada “Contrarrevolução”, um complô de nobres que conspirava contra o novo regime e não se submetia à Constituição, nem à Assembleia.
d. A derrocada de Luís XVI deveu-se, em parte, à adoção irrefletida de medidas remodeladoras sugeridas por auxiliares políticos de perspectivas radicais, como Jacques Necker, conservados em cargos vitalícios na administração do reino a pedido da própria Assembleia Constituinte.
e. Em 1787, Luís XVI convocou uma “Assembleia de Notáveis” para que fosse aprovado o seu plano de mudança tributária. Após a sua rejeição tanto por esta como pelo Parlamento, deu-se a criação dos Estados Gerais, uma nova forma representativa de comunicação com os súditos.

Montesquieu (1689-1755) foi um dos pensadores iluministas de maior destaque, inspirando muito as gerações futuras. Sua obra prima chama-se "O Espírito das Leis", na qual iniciou uma análise da ciência política (LARINI, Willian Carlos Fassuci. O Iluminismo e a Emancipação das Treze Colônias Inglesas).

Sobre essa figura histórica, assinale a alternativa correta:
a. Montesquieu sugere em sua obra que é necessária a recusa do pressuposto de que a apropriação das normas que regem distintas populações é relativa, e não legítima ou ilegítima.
b. Montesquieu via as particularidades das diferentes populações e das condições dos períodos e locais onde foram constituídas as suas normas sociais pela ótica da Moral filosófica.
c. Montesquieu não era um insurgente político, mas sim a favor de um regime parlamentarista que dividisse o poder com o rei, fazendo-o o ramo Executivo e o parlamento, o Judiciário.
d. Montesquieu cria que cada povo e cada época tinha o seu "espírito" em particular, evidenciado nas relações sociais e na única variável de suas análises - a forma de governo.
e. Montesquieu teve uma visão inaugural que surpreendeu a sua realidade social, pois fez da realidade política e dos fatos sociais um novo objeto de estudo autônomo a ser observado

A instabilidade do período da Revolução deveu-se, em boa parte, ao desagrado prevalente entre os trabalhadores rurais franceses e à insatisfação com o sistema feudal ainda vigente (LARINI, Willian Carlos Fassuci. A Revolução Francesa).

Sobre os principais fatores que contribuíram para aumentar as tensões nos estágios iniciais da Revolução Francesa, leia atentamente as seguintes assertivas:

I - Na época, o reinado francês enfrentava uma grave crise monetária, sendo necessária uma renovação na organização tributária do governo monárquico. Os ganhos obtidos com a vitória na Guerra de Independência americana a haviam atenuado consideravelmente, compensando por completo os altos custos da expedição militar, mas não bastaram para remediar o quadro.

II - As revoltas protagonizadas pelos trabalhadores rurais franceses em defesa de seus direitos explodiam especialmente em épocas de escassez como um protesto contra o alto preço do pão. Já que o trigo era uma necessidade básica, bastava que o tempo provocasse colheitas ruins para que os preços disparassem e houvesse miséria, ocasionando a agitação popular.

III - O peso da exploração da nobreza, do clero e do Estado recaía sobre os camponeses franceses de maneira brutal, sendo que a estabilidade na nação era garantida apenas em decorrência da junção das camadas sociais dominantes e da coibição estatal e clerical. Tais condições de pobreza extrema tendiam constantemente a levar o meio rural à insurreição.

IV - Embora ambas visassem revidar contra os resquícios do sistema feudal que ainda imperava na França, no decorrer do processo revolucionário francês, a causa camponesa sempre divergiu radicalmente da causa burguesa. Suas naturezas conservadora e reformista eram opostas, o que implicou a ausência de cooperação entre esses dois extratos sociais.

É correto o que se diz em:
a. IV, apenas.
b. III, apenas.
c. II e III, apenas
d. II e IV, apenas.
e. I, apenas.

Sobre o Humanismo, leia com atenção o seguinte apontamento: “Com o homem no centro do mundo e das atenções, as questões feitas sobre a existência do ser humano passam a ter respostas baseadas na racionalidade e no cientificismo, ao contrário da Idade Média, onde muitas interpretações sobre a vida eram pautadas em dogmas e em forças metafísicas” (PIRES, Herculanum Ghirello. Humanismo, Renascimento e Estado Moderno).
Acerca da relevância histórica deste novo modo de pensamento, assinale a alternativa correta:
a. O Humanismo foi importante pois tornou o ser humano capaz de pensar sobre si mesmo, de investigar suas questões interiores, criando uma nova consciência sobre si e os outros.
b. O Humanismo foi importante pois viria a ocasionar, a partir do século XIV, as primeiras traduções de obras clássicas antigas até então suprimidas pela censura sistemática da Igreja.
c. O Humanismo foi importante pois representou o princípio do que viria a ser chamado de “secularismo”, visível na ausência de temas religiosos nas obras de arte renascentistas.
d. O Humanismo foi importante pois suas inovações lançaram os fundamentos teocêntricos que passariam a organizar a sociedade moderna, firmada nos conhecimentos absorvidos dele.
e. O Humanismo foi importante pois revolucionou intelectualmente a forma como era gerido o sistema feudal da Europa medieval, a começar pela abolição da hereditariedade no século VIII.

Na cidade de Genebra, João Calvino foi o iniciador da chamada "Reforma Calvinista", que veio a ser tão importante quanto a de Lutero (SILVA, Saulo Henrique Justiniano. Transformações Religiosas na Modernidade).

Sobre as características de sua teologia e os desenvolvimentos históricos ligados a ele, leia atentamente as seguintes assertivas:

I - Calvino teria se convertido à fé protestante em 1533 e foi acusado de ter sido autor do discurso proferido por Nicholas Corp em defesa da fé reformada, o que o levou a fugir para a cidade de Angoulême. Mais tarde, em 1536, terminou a sua obra prima: "Instituição da Religião Cristã", onde se encontra uma parte significativa de suas convicções religiosas.

II - O protestantismo calvinista foi responsável por ter firmado os princípios do que viria a ser chamado por Max Weber de "Espírito do Capitalismo", pois segundo os seus ideais de trabalho e riqueza, as aquisições financeiras advêm de Deus através do empenho do homem no exercício de suas funções - uma postura distinta da Igreja Católica, que condenava o lucro.

III - As divergências entre Lutero e Calvino estavam na rigidez de suas doutrinas. Calvino defendia a extrema reverência nas celebrações, a ausência de devoção a imagens, a abdicação das bebidas e jogos, a assistência aos pobres, a proibição das danças e trocas públicas de carícias e a restrição ao uso do órgão como único instrumento musical em celebrações.

IV - A partir de 1541, Calvino tornou-se o homem mais importante de Estrasburgo, onde atuou como pastor por dois anos junto com Guillaume Farel buscando transformá-la num estado onde o governo teria a exclusiva finalidade de fazer a população observar a prática de sua religião. Os cidadãos deveriam fazer uma profissão de fé e viver de acordo com a mesma.

É correto o que se diz em:
a. II e IV, apenas.
b. II e III, apenas.
c. I e IV, apenas.
d. III e IV, apenas.
e. I e II, apenas

Como uma repercussão da revolução popular, em 26 de agosto de 1789, a Assembleia aprovou a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" (LARINI, Willian Carlos Fassuci. A Revolução Francesa).

Sobre a importância histórica deste documento e suas implicações para a política francesa da época, assinale a alternativa correta:
a. A capitulação e o reconhecimento relutante do monarca da realidade da Assembleia Nacional Constituinte e do texto constitucional foram consequências diretas da Declaração, que tolhia drasticamente o seu poder político, ainda concedendo a seu cargo uma base divina, mas limitando-o à legitimação representativa da nação francesa.
b. A Declaração visava manifestar oficialmente o conjunto de fundamentos essenciais que dariam suporte à formação de um moderno modelo de individualidade cívica que prezasse pelo direito de todos à liberdade, à propriedade e à igualdade social e econômica. Contudo, o critério da igualdade jurídica ainda permanecia preso ao viés censitário.
c. Na Declaração, houve o princípio do texto constitucional da França. Nela, originaram-se os ideais da revolução: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", tendo sido inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos e sintetizado o pensamento iluminista liberal, que defendia o direito de todos à resistência à opressão
d. Como consequência da Declaração, os critérios do dinheiro, da propriedade, do nascimento, da tradição e do sangue passaram a não distinguir mais os homens socialmente. Na prática, todos esses critérios foram abolidos e os homens foram declarados iguais por nascimento perante a Lei, um fenômeno histórico inédito até aquele ponto.
e. Tecnicamente, a Declaração não forçava o monarca a acatar a Constituição, mas ataca suas mãos no tocante à tomada de decisões. Haveria um conjunto de leis que regimentariam as organizações governamentais e que corresponderia a um projeto de reformas exclusivamente sociais promovido pelos favoráveis a manter o reinado francês.

Sobre a situação da política real britânica na passagem do século XV para o século XVI, relevante para as transformações religiosas que ocorreram na Inglaterra no século XVI e que culminaram na chamada "Reforma Anglicana", leia atentamente as proposições abaixo e classifique-as corretamente como verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) Os casamentos de Margarida com Jaime IV, rei da Escócia, e de Arthur, herdeiro do trono inglês, com Catarina, filha do rei de Portugal, foram instrumentos diplomáticos empregados por Eduardo III com o fim de obter aliados após o fim da Guerra dos Cem Anos.

( ) Saindo vitoriosa da Guerra das Rosas, a família Lancaster representou exclusivamente as sucessões dinásticas ao trono inglês até 1453, ano do término da Guerra dos Cem Anos, após um longo periodo no qual eliminou sistematicamente os seus adversários.

( ) No desfecho da Guerra das Rosas, como ficou conhecido o conflito entre as familias de Lancaster e York pelo trono, Henrique VII derrotou o rei Ricardo III e casou-se com Elizabeth de York, sobrinha de Ricardo, consolidando-se rei da Inglaterra ao inaugurar a Familia Tudor.

( ) Com apenas 11 anos de idade, Henrique, filho mais novo de Henrique VII, teve a sua união formalizada com a filha de Fernando, rei da Espanha, uma vez que seu irmão mais velho havia morrido de repente aos 15 anos de idade em 1502. Mais tarde, tornou-se Henrique VIII.

Escolha uma opção:
a. V, F, V, V.
b. F, F, F, V.
c. F, V, F, F.
d. V, F, F, V.
e. F, F, V, W

O Papa Leão X se distinguiu de seus antecessores por estar ligado às questões intelectuais que circundavam a Península Itálica de seu tempo e por ser um defensor do humanismo (SILVA, Saulo Henrique Justiniano. Transformações Religiosas na Modernidade).
Sobre este pontífice e sua relação com o frade dominicano João Tetzel, assinale a alternativa correta:
a. Leão X era altamente comprometido com o desenvolvimento da cultura renascentista. Em sua procissão pelas ruas de Roma na qual assumia o pontificado, estendeu uma grande faixa na qual se referia metaforicamente aos papas Alexandre VI e Júlio II por meio de deidades greco-romanas. Tetzel era um opositor do caráter mundano e pagão da postura do Papa.
b. Leão X instituiu novamente a prática até então abandonada da liberação de indulgências para permitir com que a população tirasse algum ancestral do purgatório. Seu objetivo foi o de arrecadar fundos para a construção de uma nova Basílica de São Pedro, e Tetzel foi o frade responsável por implantar a “teologia do medo” como forma de coerção.
c. Em 1515, Leão X lançou uma bula papal ordenando o envio de grandes persuasores para várias regiões da Europa para coletar ofertas de indulgência. Nesse contexto, o perdão dos pecados era ofertado por um clérigo apenas para casos muito restritos, o que escandalizou Tetzel, pois o intento do frade era vender indulgências com restrições menores.
d. Leão X incentivou o clero a empregar recursos dramáticos e peças teatrais como ferramentas para convencer as multidões a comprarem indulgências, nas quais os personagens eram vistos agonizando no fogo do inferno. Ao descobrir que parte dos ganhos eram direcionados a ricas famílias alemãs, Tetzel insistiu que toda a renda fosse para o clero.
e. O papado de Leão X ficou conhecido por sua leviandade e esbanjamento em busca do hedonismo e foi marcado pela construção de uma nova Basílica de São Pedro, a qual exigia uma grande quantia de dinheiro. Por isso, foi iniciada uma venda de indulgências sem precedentes, e Tetzel foi o mais famoso coletor de rendas de indulgência nesse período.

Segundo a concepção de Elias (2001), o Estado Moderno absolutista surge da junção de interesses e da negociação entre o rei, a nobreza e a burguesia, caracterizando, portanto, uma divisão tripartida de instituições nas quais se baseia a estrutura política (PIRES, Herculanum Ghirello. Humanismo, Renascimento e Estado Moderno).
Sendo assim, sobre o nascimento do Estado Moderno, leia atentamente as assertivas abaixo: É correto o que se diz em:
I – Reinando entre 1643-1715, Luís XVI tornou-se o maior símbolo do absolutismo, com sua declaração emblemática: “O Estado sou eu!” e seu título honorífico de “Rei Sol”, qualificando-o como o líder supremo de sua nação. Ele colheu os frutos de um longo processo de acumulação de poder entre os senhores feudais iniciado por Luís IV e seus descendentes no século XII.
II – A unificação francesa implicou na monopolização da força e das decisões nas mãos de um seleto conjunto de nobres que formaram um conluio junto ao rei vigente, manipulando-o para que transferisse os territórios dos senhores feudais vencidos às suas posses – este grupo de poder e influência crescentes viria a se tornar o principal ramo da aristocracia local.
III – O momento da institucionalização da cobrança de impostos na França do século XIV foi de grande importância na formação do Estado Moderno, pois a partir dele o Estado passou a adquirir feições próprias, constituindo-se como instituição e obtendo recursos para gerir seus interesses, de modo a não depender mais de empréstimos para com senhores feudais.
IV – No modelo de Estado Moderno, o rei representa a centralização de poder político e a tomada de decisões em conjunto com os interesses da alta burguesia e da aristocracia, a nobreza representa a força militar, cujos exércitos ela cede ao rei em tempos de guerra, e a burguesia representa o aparato financeiro do Estado, financiando seus empreendimentos.
a. I e II, apenas.
b. III e IV, apenas.
c. I e IV, apenas.
d. II e IV, apenas.
e. III, apenas.

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