Para responder a essa questão, precisamos considerar o que diz o Código Civil e a Lei 9.278/96 sobre o direito real de habitação do cônjuge sobrevivente. O direito real de habitação é garantido ao cônjuge sobrevivente sobre o imóvel destinado à residência da família, independentemente do regime de bens do casamento, desde que esse imóvel seja o único a inventariar e destinado à residência da família. Vamos analisar as alternativas: a) Ana terá direito real de habitação sobre qualquer imóvel que Paulo possuía, independentemente de ser o único imóvel a inventariar. - Incorreta, pois o direito é sobre o imóvel destinado à residência da família e não sobre qualquer imóvel. b) Ana terá direito real de habitação sobre o imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único dessa natureza a inventariar, mesmo que possua outro imóvel da mesma natureza. - Correta, pois reflete a condição do direito real de habitação. c) Ana não terá direito real de habitação, pois esse direito só é garantido ao cônjuge se o regime de bens do casamento for de comunhão universal. - Incorreta, pois o direito é garantido independentemente do regime de bens. d) Ana terá direito real de habitação sobre o imóvel destinado à residência da família apenas se não constituir nova união estável ou casamento. - Incorreta, pois o direito não depende da nova união. e) Ana não terá direito real de habitação, pois esse direito é conferido apenas aos companheiros que vivam em união estável, conforme a Lei 9.278/96. - Incorreta, pois o direito também é garantido ao cônjuge. Portanto, a alternativa correta é: b) Ana terá direito real de habitação sobre o imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único dessa natureza a inventariar, mesmo que possua outro imóvel da mesma natureza.