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A transição evolutiva de vertebrados agnatos (sem mandíbulas), como as lampréias e feiticeiras atuais e diversos grupos fósseis, para os gnatostomados (com mandíbulas) representa um dos eventos mais significativos na história dos vertebrados. Essa inovação, derivada dos arcos branquiais anteriores, não apenas alterou fundamentalmente os modos de alimentação, mas também desencadeou uma cascata de mudanças adaptativas, permitindo a exploração de novos nichos ecológicos e impulsionando a vasta diversificação observada nos peixes e, subsequentemente, nos tetrápodes. A análise comparativa entre esses grupos revela como modificações estruturais podem ter profundas consequências funcionais e evolutivas, moldando a trajetória de linhagens inteiras ao longo do tempo geológico. Considerando o cenário evolutivo descrito e a importância das inovações-chave na diversificação dos vertebrados, assinale a alternativa que aplica corretamente os princípios da zoologia evolutiva para interpretar a significância adaptativa e filogenética da condição gnatostomada em relação aos agnatos. A modificação dos arcos branquiais anteriores em mandíbulas nos gnatostomados otimizou diretamente a eficiéncia da respiração branquial, permitindo uma maior A captação de oxigênio dissolvido na água e, consequentemente, sustentando níveis metabólicos mais elevados que os observados nos diversos grupos de agnatos. A aquisição de mandíbulas funcionais nos gnatostomados possibilitou uma exploração alimentar mais versátil e predatória, 0 que exerceu pressão seletiva para 0 B aprimoramento da locomoção (nadadeiras pares) e dos sistemas sensoriais, facilitando a ocupação de novos nichos e promovendo uma ampla radiação adaptativa. A ausência de mandíbulas nos agnatos limitou severamente sua capacidade de processamento neural, resultando em sistemas nervosos comparativamente mais simples C e menor diversidade comportamental, restringindo-os a nichos aquáticos bentônicos Ш de águas profundas, um padrão observado na maioria dos grupos fósseis desse clado. Os vertebrados agnatos eram caracterizados por uma ausência generalizada de exosqueleto dérmico, enquanto o surgimento das mandibulas nos gnatostomados D coincidiu com o desenvolvimento de placas ósseas protetoras, indicando uma correlação evolutiva direta entre a capacidade de morder e a necessidade de maior proteção corporal. E A principal diferença estrutural entre agnatos e gnatostomados reside na presença exclusiva da notocorda como eixo de sustentação corporal nos agnatos, enquanto OS gnatostomados desenvolveram uma coluna vertebral completamente ossificada desde suas origens, abandonando a notocorda precocemente na evolução do grupo.
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Dante Santos

há 2 meses

Respostas

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há 2 meses

Vamos analisar as alternativas apresentadas uma a uma para identificar a que melhor se aplica aos princípios da zoologia evolutiva em relação à condição gnatostomada. A) A modificação dos arcos branquiais anteriores em mandíbulas nos gnatostomados otimizou diretamente a eficiência da respiração branquial, permitindo uma maior captação de oxigênio dissolvido na água e, consequentemente, sustentando níveis metabólicos mais elevados que os observados nos diversos grupos de agnatos. - Essa afirmação é parcialmente verdadeira, mas a principal inovação das mandíbulas está mais relacionada à alimentação do que à respiração. B) A aquisição de mandíbulas funcionais nos gnatostomados possibilitou uma exploração alimentar mais versátil e predatória, o que exerceu pressão seletiva para o aprimoramento da locomoção (nadadeiras pares) e dos sistemas sensoriais, facilitando a ocupação de novos nichos e promovendo uma ampla radiação adaptativa. - Esta alternativa destaca a importância das mandíbulas na diversificação e adaptação, o que é um ponto central na evolução dos gnatostomados. C) A ausência de mandíbulas nos agnatos limitou severamente sua capacidade de processamento neural, resultando em sistemas nervosos comparativamente mais simples e menor diversidade comportamental, restringindo-os a nichos aquáticos bentônicos de águas profundas, um padrão observado na maioria dos grupos fósseis desse clado. - Embora a ausência de mandíbulas possa ter impactado a diversidade comportamental, essa afirmação não aborda diretamente a significância adaptativa da condição gnatostomada. D) Os vertebrados agnatos eram caracterizados por uma ausência generalizada de exosqueleto dérmico, enquanto o surgimento das mandíbulas nos gnatostomados coincidiu com o desenvolvimento de placas ósseas protetoras, indicando uma correlação evolutiva direta entre a capacidade de morder e a necessidade de maior proteção corporal. - Essa alternativa menciona uma correlação, mas não é o foco principal da transição evolutiva discutida. E) A principal diferença estrutural entre agnatos e gnatostomados reside na presença exclusiva da notocorda como eixo de sustentação corporal nos agnatos, enquanto os gnatostomados desenvolveram uma coluna vertebral completamente ossificada desde suas origens, abandonando a notocorda precocemente na evolução do grupo. - Essa afirmação é verdadeira, mas não aborda diretamente a significância adaptativa das mandíbulas. Após essa análise, a alternativa que melhor se aplica aos princípios da zoologia evolutiva e à significância adaptativa e filogenética da condição gnatostomada em relação aos agnatos é: B.

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