Os jogos e as brincadeiras têm sido objeto de estudo de diversos teóricos do desenvolvimento humano. Cada abordagem traz contribuições que ajudam a compreender como as interações lúdicas influenciam a formação cognitiva e social das crianças. Piaget (1967) descreve o jogo como uma forma de assimilação de realidade e adaptação aos estágios cognitivos da criança, em que o jogo é fundamental para o desenvolvimento da percepção e da lógica. Para ele, os jogos das crianças refletem sua compreensão do mundo e suas capacidades cognitivas em determinado momento de seu desenvolvimento. Já Vygotsky (1978), em sua teoria sociocultural, enfatiza o papel do jogo como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do pensamento abstrato e das habilidades sociais, sendo fundamental para a internalização de regras e para a mediação social das crianças. Entre os principais teóricos, há aqueles que analisam o jogo como um fenômeno essencialmente individual, ligado à forma como a criança interpreta o mundo ao seu redor; outros, no entanto, argumentam que o jogo só adquire valor significativo quando mediado por interações sociais e culturais. Essas perspectivas influenciam a maneira como o ensino e a aprendizagem são