As capitanias hereditárias no Brasil Diante a crise econômica sofrida por Portugal, em 1530, D. João III - "o colonizador"-, se viu na obrigação de buscar alternativas para suprir os déficits comerciais oriundos das atividades no oriente. Como alternativa, voltou seu olhar para as terras brasilis que estavam inertes até então. Assim, em 1534, ele divide o Brasil em 15 capitanias a 12 donatários (dois capitães receberam mais de um lote de terras). A proposta de se criar as capitanias hereditárias teve como estratégia do governo português o respaldo de um investimento incerto. Devido à falta de verbas da coroa portuguesa para o investimento da colonização, seria mais proveitoso passar os encargos dessa colonização aos nobres portugueses intitulados donatários. Apenas duas capitanias prosperaram: a capitania de São Vicente e a capitania de Pernambuco. O motivo para o fracasso desse sistema para as demais capitanias foi os embates com os índios, a falta de recursos para manutenção das terras, a falta de comunicação com a metrópole, e, por fim, a falta de interesse dos próprios donatários. Diante ao exposto, cria-se uma dúvida: o que aconteceu com as terras doadas aos donatários? Foram devolvidas ao