Ed
mês passado
No caso apresentado, Gabriela e Victor se casaram sob o regime da comunhão universal de bens, o que significa que, em regra, todos os bens adquiridos durante o casamento são considerados comuns, exceto aqueles que forem recebidos por doação ou herança com cláusula de incomunicabilidade. O imóvel doado pelo pai de Victor a ele, com a cláusula de incomunicabilidade, não se comunica com o patrimônio de Gabriela, ou seja, não entra na comunhão de bens. Quando Victor vendeu esse imóvel e comprou outro, o valor obtido da venda, em tese, deveria ser considerado como bem comum, já que foi adquirido durante o casamento. Entretanto, a questão da incomunicabilidade do bem original pode complicar a situação. Se o valor da venda do imóvel foi utilizado para a compra de um novo imóvel, este novo bem pode ser considerado como bem comum, já que foi adquirido com recursos que, embora originados de um bem incomunicável, foram utilizados durante o casamento. Portanto, Gabriela pode ter direito à metade do patrimônio adquirido após o casamento, incluindo o novo imóvel, desde que se prove que o valor da venda foi efetivamente utilizado para a compra desse novo bem. A justificativa para isso é que, no regime da comunhão universal, os bens adquiridos durante o casamento são, em regra, comuns, salvo disposições específicas que indiquem o contrário. Assim, Gabriela pode sim fazer jus à sua parte, dependendo da comprovação do uso do valor na aquisição do novo imóvel.
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