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O Código de Processo Civil de 2015 consagrou o modelo de Justiça Multiportas, que se vale de diversas técnicas como a negociação direta, a mediação, a conciliação e a arbitragem, não como métodos alternativos, mas como métodos integrados da solução de conflitos ou de resolução de disputas. É como se a parte entrasse no átrio do fórum e encontrasse diversas portas, cada uma com uma técnica ou mecanismo destinado a resolver cada controvérsia, inclusive a própria jurisdição estatal.
Com base no ordenamento processual civil brasileiro de 2015 e os conceitos trazidos sobre mediação e conciliação, bem como os princípios orientadores do tema, assinale a alternativa CORRETA:
a. a conciliação é exercida, preferencialmente, em casos em que há vínculo anterior entre as partes, e o conciliador pode sugerir soluções para o litígio, sendo vedada qualquer estratégia de intimidação ou constrangimento para que as partes conciliem.
b. a mediação é exercida quando não há o vínculo anterior entre as partes, papel do mediador auxiliar os interessados com o fim de promover o restabelecimento da comunicação e a solução consensual do conflito.
c. para ser conciliador ou mediador dos centros de solução consensual de conflitos, é necessário, obrigatoriamente, ser advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, indispensável a realização de capacitação através de curso realizado em entidade credenciada no Conselho Nacional de Justiça.
d. embora o CPC/15 consagre a oralidade como um dos princípios da solução consensual dos conflitos, essa está limitada às tratativas e conversas prévias envolvendo as partes e o terceiro imparcial (conciliador/mediador), sendo indispensável a redução a termo e a forma documental escrita no caso da solução consensual do conflito.
e. o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o responsável pela criação dos Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos (CEJUSCs), os quais são responsáveis pela realização das sessões e audiências de conciliação e mediação.
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Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta: a) A conciliação é exercida, preferencialmente, em casos em que há vínculo anterior entre as partes, e o conciliador pode sugerir soluções para o litígio, sendo vedada qualquer estratégia de intimidação ou constrangimento para que as partes conciliem. - Esta afirmação é verdadeira, pois a conciliação realmente pode ocorrer em casos de vínculo anterior, e o conciliador pode sugerir soluções. b) A mediação é exercida quando não há o vínculo anterior entre as partes, papel do mediador auxiliar os interessados com o fim de promover o restabelecimento da comunicação e a solução consensual do conflito. - Essa afirmação não é totalmente precisa, pois a mediação pode ocorrer tanto com quanto sem vínculo anterior entre as partes. c) Para ser conciliador ou mediador dos centros de solução consensual de conflitos, é necessário, obrigatoriamente, ser advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, indispensável a realização de capacitação através de curso realizado em entidade credenciada no Conselho Nacional de Justiça. - Essa afirmação é incorreta, pois não é obrigatório que o mediador ou conciliador seja advogado, embora a capacitação seja necessária. d) Embora o CPC/15 consagre a oralidade como um dos princípios da solução consensual dos conflitos, essa está limitada às tratativas e conversas prévias envolvendo as partes e o terceiro imparcial (conciliador/mediador), sendo indispensável a redução a termo e a forma documental escrita no caso da solução consensual do conflito. - Essa afirmação é incorreta, pois a oralidade é um princípio que deve ser respeitado, mas a formalização da solução consensual não é necessariamente obrigatória. e) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o responsável pela criação dos Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos (CEJUSCs), os quais são responsáveis pela realização das sessões e audiências de conciliação e mediação. - Esta afirmação é correta, pois o CNJ realmente tem essa responsabilidade. Após a análise, a alternativa correta é: e) o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o responsável pela criação dos Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos (CEJUSCs), os quais são responsáveis pela realização das sessões e audiências de conciliação e mediação.

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A conciliação será exercida nas Câmaras Privadas de Conciliação e nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos (Cejusc). Os conciliadores e mediadores deverão ser capacitados em curso realizado por entidade credenciada, e deverão estar inscritos no cadastro nacional e no cadastro dos tribunais de justiça ou tribunais regionais federais.
Sobre o cadastro e a atuação dos mediadores e conciliadores nos Centros Judiciais de Solução Consensual de Conflitos, analise as afirmativas a seguir e assinale a CORRETA:
a. os conciliadores e mediadores judiciais, se cadastrados e se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem as suas funções.
b. os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados devem ser bacharéis no curso de Direito ou advogados, ou devem comprovar o exercício de mínimo dois anos em atividades jurídicas.
c. as partes não poderão convencionar, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
d. não existe a necessidade de comunicação imediata do conciliador ou do mediador no caso de verificar hipótese de impedimento, podendo realizar normalmente a sessão de conciliação ou de mediação e posteriormente comunicar o juízo.
e. é proibida a designação de mais de um mediador ou conciliador para a sessão ou audiência de tentativa de conciliação ou de mediação.

O legislador também inseriu no ordenamento processual a intenção de que os procedimentos de conciliação e mediação fossem aplicados aos litígios públicos com expressão patrimonial, desde que respeitados os limites estabelecidos na lei (o que já ocorria nos Juizados Especiais Federais e da Fazenda Pública, órgãos voltados à conciliação). Assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação com atribuições direcionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo.
Sobre o tema da mediação e da conciliação ocorrido no âmbito da Administração Pública, leis as afirmativas a seguir e assinale a CORRETA:
a. as câmaras de mediação e de conciliação estarão voltadas exclusivamente para a função de dirimir conflitos envolvendo os órgãos e as entidades da administração pública, não podendo, contudo, celebrar, quando cabível, Termo de Ajustamento de Conduta.
b. as câmaras de mediação e de conciliação têm competência para realizar conciliação, no âmbito administrativo, exclusivamente de conflitos extrajudiciais.
c. as câmaras de mediação e de conciliação estarão voltadas exclusivamente para a função de dirimir conflitos envolvendo os órgãos e as entidades da administração pública, não podendo, contudo, avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos no âmbito da administração pública.
d. a autocomposição administrativa propicia a discussão e a solução de conflitos anterior à judicialização do litígio, tornando o Executivo também solucionador de conflitos e diminuindo o fluxo de demandas no Judiciário.
e. os meios judiciais de solução de conflitos são exclusivos e excluem outras formas de conciliação e mediação extrajudiciais vinculadas a órgãos institucionais.

Sobre a Mediação e a Conciliação, a doutrina explora alguns pontos em comum quando aplicada em conflitos civis: i) participação de um terceiro imparcial; ii) promoção da comunicação em bases produtivas; iii) a não imposição de resultados; iv) a busca de saídas satisfatórias a todos os envolvidos; v) o exercício da autonomia privada na elaboração de saída para os impasses.
Segundo o Código de Processo Civil, o Estado deve promover, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. Sobre a mediação, a conciliação, a arbitragem e a autocomposição, assinale a alternativa CORRETA:
a. a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados pelos juízes, exclusivamente, podendo ocorrer apenas no início do processo, quando o juiz ainda não tiver instruído o processo e não houver sentença.
b. o STF já decidiu pela inconstitucionalidade da arbitragem, pois entendeu que o instituto ofende o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.
c. versando o processo sobre direitos que admitam a autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular a cláusula geral do negócio jurídico processual, para modificar o procedimento e convencionar o ônus processual.
d. a autocomposição entre as partes retira do juiz a possibilidade de controle sobre a validade das convenções estipuladas, não podendo intervir quando verificar nulidade, inserção de cláusula abusiva em contrato de adesão ou quando verificar situação de vulnerabilidade de uma das partes.
e. a audiência de conciliação será realizada ainda que ambas as partes manifestem, expressamente, desinteresse na composição consensual.

Em relação ao processo de mediação e conciliação nas ações de família, o CPC/15 dispõe que após o recebimento da petição inicial, o juiz deverá analisar, se assim for requerida, a tutela provisória e, após a concessão ou a denegatória, deverá citar o réu para o comparecimento em audiência de mediação e conciliação.
Nos termos do que dispõe o Código de Processo Civil sobre a mediação e a conciliação e ao regramento sobre a solução consensual dos conflitos em ações de família, analise as afirmativas abaixo e assinale a CORRETA:
a. a citação do réu deve ocorrer por meio de mandado judicial, desacompanhado de cópia da petição inicial e ocorrerá com antecedência mínima de 20 dias da data designada para a audiência.
b. a audiência pode ser desacompanhada de advogado ou defensor e é una, não podendo se subdividir em mais sessões.
c. nas ações de família, o juiz não poderá dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e a conciliação, visando a solução consensual da controvérsia.
d. a requerimento das partes, o juiz poderá determinar a suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem à mediação extrajudicial ou ao atendimento multidisciplinar.
e. poderá haver mais de uma sessão de conciliação ou mediação, não podendo exceder a dois meses da data da realização da primeira sessão.

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