Ed
há 2 meses
No caso apresentado, temos a revogação do mandato por Maria Inez e a celebração de um contrato de empréstimo por Dário Dantas após essa revogação. A questão central é a validade do contrato celebrado em nome de Maria Inez, considerando a notificação da revogação do mandato. 1. Revogação do Mandato: Maria Inez revogou a procuração e notificou Dário Dantas. A revogação do mandato é eficaz em relação a terceiros a partir do momento em que é comunicada ao mandatário, e, neste caso, Dário foi notificado. 2. Celebração do Contrato: O contrato de empréstimo foi celebrado após a notificação da revogação. Portanto, Dário não tinha mais poderes para agir em nome de Maria Inez. 3. Terceiro de Boa-fé: O banco L'Oasi alega ser terceiro de boa-fé, pois não tinha conhecimento da revogação do mandato. No entanto, a boa-fé do terceiro deve ser analisada à luz das circunstâncias do caso. O fato de Dário ter celebrado diversas operações em nome de Maria Inez não é suficiente para garantir a boa-fé, uma vez que a revogação foi devidamente notificada. 4. Decisão: Considerando que Dário Dantas não tinha poderes para celebrar o contrato de empréstimo em nome de Maria Inez após a revogação do mandato, o contrato é ineficaz. Assim, os embargos de Maria Inez devem ser acolhidos, e a execução deve ser julgada improcedente, uma vez que o banco não pode exigir o cumprimento de um contrato que foi celebrado sem a devida autorização. Sentença: "Julgo procedentes os embargos de Maria Inez, declarando a ineficácia do contrato de empréstimo celebrado por Dário Dantas em nome da embargante, em razão da revogação do mandato, e, consequentemente, a improcedência da execução promovida pelo banco L'Oasi."
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