A creche comunitária “Arco-Íris”, localizada em periferia de grande centro urbano, atende crianças de 0 a 3 anos, provenientes de famílias com realidades socioeconômicas diversas. Recentemente, a equipe pedagógica observou um comportamento recorrente entre as crianças: a imitação de papéis sociais adultos, muitas vezes reproduzindo estereótipos de gênero e classe social. Meninas brincam majoritariamente de “casinha”, reproduzindo papéis domésticos, enquanto meninos se envolvem em jogos mais “ativos”, como simulações de trabalho braçal ou atividades de “super-heróis”. Observa-se, também, que crianças de famílias com maior poder aquisitivo demonstram maior familiaridade com brinquedos tecnológicos e atividades lúdicas mais sofisticadas, enquanto outras, de famílias com menor poder aquisitivo, utilizam materiais mais improvisados e demonstram menos acesso a estímulos diversificados. A coordenadora pedagógica, preocupada com a reprodução de desigualdades sociais e a perpetuação de estereótipos de gênero na educação infantil, propõe um debate com a equipe para repensar as práticas pedagógicas. A discussão centraliza-se na necessidade de criar estratégias que promovam a desconstrução desses padrões, valorizando a diversidade e garantindo o acesso equitativo a experiências de aprendizagem significativas para todas as crianças, respeitando suas individualidades e contextos socioculturais. Como o egresso em Pedagogia, comprometido com o respeito às diferenças, pode contribuir para a construção de um ambiente inclusivo e equitativo na creche “Arco-Íris”? Considerando as observações da equipe pedagógica da creche “Arco-Íris” e a necessidade de construir um ambiente inclusivo e equitativo, analise as afirmativas a seguir: I. A reprodução de papéis sociais adultos pelas crianças, refletindo estereótipos de gênero e classe social, indica a necessidade de intervenções pedagógicas que promovam a reflexão crítica sobre esses padrões, desconstruindo preconceitos e incentivando a exploração de diferentes papéis e identidades. II. O acesso desigual a brinquedos e atividades lúdicas, em função da realidade socioeconômica das famílias, demonstra a importância de ações que garantam a equidade no acesso a recursos e experiências de aprendizagem, promovendo a inclusão social e a compensação das desigualdades. III. A equipe pedagógica deve priorizar atividades que se ajustem às características individuais de cada criança, sem interferir nas brincadeiras espontâneas, pois a imposição de novas práticas pode ser prejudicial ao desenvolvimento infantil. IV. A intervenção pedagógica deve focar na diversificação de brinquedos e atividades, incluindo opções que estimulem a criatividade, a imaginação e a interação social, sem impor modelos ou estereótipos de gênero ou classe social. É correto apenas o que se afirma em: