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Criminologia

ESTÁCIO
((2021 - DPE-SC - Defensor Público - ADAPTADA)
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021: "A taxa de mortalidade policial entre negros é de 4,2 vítimas a cada 100 mil, já entre brancos ela é de 1,5 a cada 100 mil, o que equivale a dizer que a taxa de mortalidade policial entre negros é 2,8 vezes superior à taxa entre brancos".
Os dados citados acima exprimem:"

Opções:
A) O exercício da soberania diante do poder e da capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer, com a eliminação dos corpos negros, tidos como descartáveis pelos agentes de repressão estatal, e que se expressa na atuação seletiva do poder punitivo.

B) A reação ao sensacionalismo midiático, que conduz à sensação de impunidade diante dos crimes patrimoniais, praticados primariamente pela população negra, pobre e periférica, o que conduz à maior repressão estatal e a abusos.

C) O racismo estrutural por retirar dos jovens negros, pobres e periféricos as oportunidades de emprego, reduzindo-os às práticas delitivas como única forma de sobrevivência, o que gera confrontos com a polícia e aumento dos índices de mortalidade.

D) A necessidade de imediata atuação do sistema de justiça criminal para avaliar a necessidade de aplicação de sanções criminais previstas em lei como forma de contenção das penas de morte que ocorrem diariamente à margem da lei.

E) A ausência de soberania pela incapacidade da eliminação ou ao menos da contenção da descartarabilidade dos corpos negros apesar dos compromissos assumidos na eliminação de todas as formas de discriminação e preconceito.
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Rodrigo Lopes

há 2 meses

Respostas

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há 2 meses

Para analisar a questão, precisamos entender o que os dados apresentados sobre a taxa de mortalidade policial entre negros e brancos realmente expressam. A diferença significativa nas taxas sugere uma disparidade que pode estar relacionada a questões de racismo estrutural e seletividade na atuação policial. Vamos analisar as alternativas: A) O exercício da soberania diante do poder e da capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer, com a eliminação dos corpos negros, tidos como descartáveis pelos agentes de repressão estatal, e que se expressa na atuação seletiva do poder punitivo. - Esta opção aborda a seletividade e a desumanização dos corpos negros, o que se alinha com os dados apresentados. B) A reação ao sensacionalismo midiático, que conduz à sensação de impunidade diante dos crimes patrimoniais, praticados primariamente pela população negra, pobre e periférica, o que conduz à maior repressão estatal e a abusos. - Embora mencione a população negra, não se relaciona diretamente com a taxa de mortalidade policial. C) O racismo estrutural por retirar dos jovens negros, pobres e periféricos as oportunidades de emprego, reduzindo-os às práticas delitivas como única forma de sobrevivência, o que gera confrontos com a polícia e aumento dos índices de mortalidade. - Esta opção também é relevante, mas foca mais nas causas sociais do que na questão da mortalidade policial em si. D) A necessidade de imediata atuação do sistema de justiça criminal para avaliar a necessidade de aplicação de sanções criminais previstas em lei como forma de contenção das penas de morte que ocorrem diariamente à margem da lei. - Esta opção não aborda diretamente a questão da mortalidade policial. E) A ausência de soberania pela incapacidade da eliminação ou ao menos da contenção da descartarabilidade dos corpos negros apesar dos compromissos assumidos na eliminação de todas as formas de discriminação e preconceito. - Esta opção também é pertinente, mas não se relaciona diretamente com a taxa de mortalidade. Diante da análise, a alternativa que melhor expressa a situação apresentada pelos dados é a) A. Ela aborda a seletividade e a desumanização dos corpos negros, que é o que os dados sobre a mortalidade policial refletem.

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