Ed
há 2 meses
Vamos analisar as alternativas com base na proposta de Roberto DaMatta sobre o mito do triângulo racial: A. Aponta a convivência entre indígenas, africanos e europeus como expressão de uma integração espontânea entre os grupos, marcada por complementaridade cultural e ausência de conflito. - Esta opção não reflete a crítica de DaMatta, que enfatiza as tensões e desigualdades. B. Identifica no mito uma narrativa que dissimula as assimetrias sociais, utilizando a ideia de origem compartilhada para justificar e naturalizar preconceitos racializados. - Esta opção está alinhada com a análise de DaMatta, que critica a ideia de harmonia e aponta para as desigualdades. C. Considera o mito uma evidência de que as desigualdades raciais são resultado exclusivo da experiência africana escravizada, sem vínculo com outros grupos étnicos. - Esta opção é limitada e não abrange a complexidade das relações entre os grupos. D. Interpreta o triângulo racial como um registro histórico objetivo das relações entre os grupos fundadores, pautado pela colonização e pela posterior integração solidária. - Esta opção também não reflete a crítica de DaMatta, que não vê a integração como solidária. E. Define o mito como um instrumento de denúncia das opressões raciais, conferindo à tríade étnica um papel esclarecedor das distorções históricas e das lutas sociais brasileiras. - Embora essa opção mencione opressões, não é exatamente o foco da crítica de DaMatta. A alternativa que melhor representa a interpretação de Roberto DaMatta sobre o papel simbólico do mito do triângulo racial é: B. Identifica no mito uma narrativa que dissimula as assimetrias sociais, utilizando a ideia de origem compartilhada para justificar e naturalizar preconceitos racializados.