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A ideia de que a miscigenação no Brasil gerou uma convivência pacífica e igualitária entre diferentes grupos étnico-raciais ainda alimenta o mito da democracia racial. Essa narrativa tende a ocultar desigualdades históricas e contemporâneas, como a sub-representação política dos povos originários. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), as eleições de 2024 aumentaram o número de indígenas eleitos em todo o país, mas a presença indígena no Congresso Nacional continua muito inferior à proporção populacional desses povos. Esses dados tensionam a ideia de que o Brasil valoriza, protege e representa igualmente todos os grupos que compõem sua diversidade cultural (APIB, 2024). Em que medida a persistente sub-representação indígena no parlamento brasileiro contradiz as interpretações idealizadas sobre a miscigenação e a composição plural da sociedade brasileira? A. Reflete a diversidade do país, pois a pluralidade étnica brasileira se reproduz com equilíbrio proporcional nas instâncias de poder, demonstrando avanço no reconhecimento político das origens indígenas. B. Revela os limites da miscigenação como fundamento de coesão social ao indicar que o reconhecimento institucional dos povos indígenas permanece condicionado por estruturas políticas seletivas e assimétricas. C. Confirma o êxito do modelo brasileiro de integração racial, já que o número de representantes indígenas tem crescido continuamente, demonstrando inclusão plena dos povos originários. D. Representa uma exceção estatística, sem vínculo com os processos históricos de apagamento cultural ou exclusão política dos povos indígenas no Brasil. E. Explica que a sub-representação é resultado da opção das comunidades indígenas por formas tradicionais de liderança, incompatíveis com os sistemas democráticos modernos.
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Fidelissimo Lima

anteontem

Respostas

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anteontem

Para analisar a questão, precisamos entender o contexto da sub-representação indígena no Brasil e como isso se relaciona com a ideia de democracia racial e a miscigenação. Vamos analisar as alternativas: A. Reflete a diversidade do país, pois a pluralidade étnica brasileira se reproduz com equilíbrio proporcional nas instâncias de poder, demonstrando avanço no reconhecimento político das origens indígenas. - Esta opção ignora a realidade da sub-representação e não é verdadeira. B. Revela os limites da miscigenação como fundamento de coesão social ao indicar que o reconhecimento institucional dos povos indígenas permanece condicionado por estruturas políticas seletivas e assimétricas. - Esta opção aponta para a realidade da sub-representação e os desafios enfrentados pelos povos indígenas, sendo a mais adequada. C. Confirma o êxito do modelo brasileiro de integração racial, já que o número de representantes indígenas tem crescido continuamente, demonstrando inclusão plena dos povos originários. - Esta opção é otimista demais e não reflete a realidade da sub-representação. D. Representa uma exceção estatística, sem vínculo com os processos históricos de apagamento cultural ou exclusão política dos povos indígenas no Brasil. - Esta opção minimiza a questão histórica e não é verdadeira. E. Explica que a sub-representação é resultado da opção das comunidades indígenas por formas tradicionais de liderança, incompatíveis com os sistemas democráticos modernos. - Esta opção simplifica a questão e não considera as barreiras estruturais que os povos indígenas enfrentam. Diante dessa análise, a alternativa correta é: B. Revela os limites da miscigenação como fundamento de coesão social ao indicar que o reconhecimento institucional dos povos indígenas permanece condicionado por estruturas políticas seletivas e assimétricas.

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