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Carla, domiciliada em São Paulo, firmou, em sua cidade, com o Banco XXX S/A, sediado no Rio de Janeiro, um contrato de empréstimo, de adesão, subscrito por duas testemunhas, com cláusula de eleição de foro também no Rio de Janeiro, por meio do qual obteve R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para pagar seus estudos na faculdade. O vencimento das parcelas do empréstimo ocorreria em 05/01/2024, 05/05/2024 e 05/09/2024. No primeiro vencimento, tudo correu conforme o programado, e Carla pagou o valor devido ao Banco. Não obstante, na segunda data de vencimento, devido a dificuldades financeiras, Carla não conseguiu realizar o pagamento. O Banco, então, notificou Carla sobre o vencimento antecipado da dívida. Indicou, na referida notificação, que, considerando os encargos remuneratórios e moratórios e outras tarifas, o valor da dívida totalizava R$ 350.000,00, já descontada a parcela paga por Carla. Esta, assustada com o valor e sem condições financeiras, não realizou o pagamento da dívida. No início de 2025, o Banco XXX S/A ajuizou ação de execução em face de Carla, na Comarca do Rio de Janeiro, indicada no contrato de empréstimo como foro de eleição, distribuída para a
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A situação apresentada envolve um contrato de adesão e a cláusula de eleição de foro. De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), a cláusula de eleição de foro é válida, desde que respeitados os direitos do consumidor. No caso de Carla, como ela é consumidora e o contrato foi firmado em São Paulo, ela pode alegar a nulidade da cláusula de eleição de foro, uma vez que o foro do domicílio do consumidor deve ser respeitado, conforme o artigo 101, inciso I do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Portanto, mesmo que o Banco tenha ajuizado a ação na Comarca do Rio de Janeiro, Carla pode contestar a competência do juízo, argumentando que deveria ser na Comarca de São Paulo, onde reside. Além disso, é importante verificar se a notificação de vencimento antecipado e o valor cobrado estão de acordo com a legislação e se não houve abusos nas tarifas e encargos aplicados. Esses pontos são fundamentais para a defesa de Carla na ação de execução.

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