Durante sua participação em um curso de extensão voltado para a promoção da saúde na comunidade, o educador físico Marcos percebeu a necessidade de desenvolver ações que articulassem o conhecimento acadêmico com a realidade vivida por grupos sociais específicos — neste caso, a população idosa atendida por uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Sensível aos desafios enfrentados por esse público, especialmente no que diz respeito à perda de autonomia, ao isolamento social e à redução da qualidade de vida, Marcos decidiu investigar de forma sistemática os impactos que um programa de treinamento de força poderia ter sobre a saúde física e o bem-estar subjetivo desses indivíduos.
Com o intuito de compreender os efeitos da intervenção de maneira abrangente, Marcos estruturou sua proposta de forma integrada: antes do início das atividades, aplicou uma bateria de testes físicos para avaliar a condição funcional dos idosos, considerando indicadores como força muscular, equilíbrio e mobilidade. Após algumas semanas de aplicação do programa, os testes foram reaplicados, permitindo a comparação dos resultados ao longo do tempo. No entanto, ciente de que a saúde não se resume a dados quantitativos ou mensuráveis, ele também realizou entrevistas com os participantes, buscando compreender, a partir de suas vozes e experiências, como o envolvimento nas atividades físicas impactou aspectos subjetivos de suas vidas, como a autoestima, o humor, as relações sociais e a sensação de vitalidade.
Essa abordagem adotada por Marcos revela uma concepção ampliada e humanizada da atuação do profissional de Educação Física na atenção básica à saúde. Ao integrar avaliação física e escuta qualificada, sua prática transcende o mero prescrição de exercícios e se aproxima de uma perspectiva interprofissional, orientada pelo cuidado, pelo vínculo com a comunidade e pela valorização do protagonismo dos sujeitos no processo de promoção da saúde e da qualidade de vida.
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O aspecto da pesquisa realizada por Marcos que evidencia o uso de uma abordagem mista em Educação Física é: O uso de instrumentos padronizados e de entrevistas para combinar dados objetivos e subjetivos. Essa opção destaca a combinação de métodos quantitativos (testes físicos) e qualitativos (entrevistas) para uma compreensão mais abrangente dos impactos do programa de treinamento de força na saúde e bem-estar dos idosos.