Você é professor em uma escola indígena localizada em uma região de floresta, onde o ensino é bilíngue e intercultural. A comunidade valoriza a oralidade, os rituais coletivos e os conhecimentos tradicionais transmitidos pelos mais velhos. Durante uma assembleia escolar, os estudantes manifestam interesse em registrar histórias e práticas de cura com plantas medicinais, que estão sendo esquecidas pelas gerações mais jovens. Diante disso, você propõe um projeto de pesquisa colaborativa chamado “Raízes do Saber”, no qual os estudantes atuam como pesquisadores em suas próprias famílias e aldeias. Eles realizam entrevistas com os anciãos, participam de caminhadas na mata com os pajés e produzem registros em áudio, vídeo e desenhos. O projeto prevê rodas de conversa com as famílias, oficinas de sistematização dos dados e a criação de um acervo digital comunitário, acessível em português e na língua originária. Diante da proposta descrita, qual alternativa revela maior coerência com uma prática investigativa que reconhece a diversidade epistêmica, valoriza a mediação cultural e amplia o papel do professor como articulador entre diferentes formas de produzir e compartilhar conhecimento?

Diante da proposta descrita, qual alternativa revela maior coerência com uma prática investigativa que reconhece a diversidade epistêmica, valoriza a mediação cultural e amplia o papel do professor como articulador entre diferentes formas de produzir e compartilhar conhecimento?

A
A proposta pode ser considerada uma prática de iniciação científica, desde que os registros sejam adaptados aos padrões acadêmicos formais e validados por especialistas externos.

B
A atividade contribui para a formação dos estudantes, contudo seu valor metodológico é limitado, pois não parte de um problema de pesquisa claramente formulado nem utiliza instrumentos padronizados de análise.

C
A proposta é interessante como ação pedagógica e deve ser tratada como conteúdo transversal, sem comprometer o tempo destinado às disciplinas obrigatórias do currículo.

D
A proposta articula diferentes formas de conhecimento e promove uma prática docente que reconhece a escola como espaço de escuta, diálogo e reconstrução coletiva de sentidos, respeitando os contextos socioculturais dos sujeitos envolvidos.