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Como uma repercussão da revolução popular, em 26 de agosto de 1789, a Assembleia aprovou a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” (LARINI, Willian Carlos Fassuci. A Revolução Francesa).
Sobre a importância histórica deste documento e suas implicações para a política francesa da época, assinale a alternativa correta:
a. A capitulação e o reconhecimento relutante do monarca da realidade da Assembleia Nacional Constituinte e do texto constitucional foram consequências diretas da Declaração, que tolhia drasticamente o seu poder político, ainda concedendo a seu cargo uma base divina, mas limitando-o à legitimação representativa da nação francesa.
b. Tecnicamente, a Declaração não forçava o monarca a acatar a Constituição, mas ataca suas mãos no tocante à tomada de decisões. Haveria um conjunto de leis que regimentariam as organizações governamentais e que corresponderia a um projeto de reformas exclusivamente sociais promovido pelos favoráveis a manter o reinado francês.
c. Na Declaração, houve o princípio do texto constitucional da França. Nela, originaram-se os ideais da revolução: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, tendo sido inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos e sintetizado o pensamento iluminista liberal, que defendia o direito de todos à resistência à opressão.
d. A Declaração visava manifestar oficialmente o conjunto de fundamentos essenciais que dariam suporte à formação de um moderno modelo de individualidade cívica que prezasse pelo direito de todos à liberdade, à propriedade e à igualdade social e econômica. Contudo, o critério da igualdade jurídica ainda permanecia preso ao viés censitário.
e. Como consequência da Declaração, os critérios do dinheiro, da propriedade, do nascimento, da tradição e do sangue passaram a não distinguir mais os homens socialmente. Na prática, todos esses critérios foram abolidos e os homens foram declarados iguais por nascimento perante a Lei, um fenômeno histórico inédito até aquele ponto.
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Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta sobre a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" e suas implicações históricas: a) A capitulação e o reconhecimento relutante do monarca da realidade da Assembleia Nacional Constituinte e do texto constitucional foram consequências diretas da Declaração, que tolhia drasticamente o seu poder político, ainda concedendo a seu cargo uma base divina, mas limitando-o à legitimação representativa da nação francesa. - Essa alternativa menciona a limitação do poder do monarca, mas a base divina do cargo não é um aspecto central da Declaração. b) Tecnicamente, a Declaração não forçava o monarca a acatar a Constituição, mas ataca suas mãos no tocante à tomada de decisões. Haveria um conjunto de leis que regimentariam as organizações governamentais e que corresponderia a um projeto de reformas exclusivamente sociais promovido pelos favoráveis a manter o reinado francês. - Essa alternativa parece confusa e não reflete a essência da Declaração. c) Na Declaração, houve o princípio do texto constitucional da França. Nela, originaram-se os ideais da revolução: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, tendo sido inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos e sintetizado o pensamento iluminista liberal, que defendia o direito de todos à resistência à opressão. - Esta alternativa é bastante precisa, pois menciona os ideais centrais da Revolução Francesa e a influência do Iluminismo. d) A Declaração visava manifestar oficialmente o conjunto de fundamentos essenciais que dariam suporte à formação de um moderno modelo de individualidade cívica que prezasse pelo direito de todos à liberdade, à propriedade e à igualdade social e econômica. Contudo, o critério da igualdade jurídica ainda permanecia preso ao viés censitário. - Embora mencione aspectos importantes, a parte sobre o viés censitário pode ser considerada uma limitação da Declaração. e) Como consequência da Declaração, os critérios do dinheiro, da propriedade, do nascimento, da tradição e do sangue passaram a não distinguir mais os homens socialmente. Na prática, todos esses critérios foram abolidos e os homens foram declarados iguais por nascimento perante a Lei, um fenômeno histórico inédito até aquele ponto. - Essa afirmação é exagerada, pois a Declaração não aboliu completamente essas distinções na prática. Após essa análise, a alternativa que melhor reflete a importância histórica da "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" e suas implicações é: c) Na Declaração, houve o princípio do texto constitucional da França. Nela, originaram-se os ideais da revolução: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, tendo sido inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos e sintetizado o pensamento iluminista liberal, que defendia o direito de todos à resistência à opressão.

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Voltaire (1694-1778) foi um notável amotinador e divulgador da mentalidade iluminista, com um vasto corpo de produções escritas e uma vida também marcada por sua forte atuação política (LARINI, Willian Carlos Fassuci. O Iluminismo e a Emancipação das Treze Colônias Inglesas).
Sobre este intelectual parisiense, leia atentamente as assertivas abaixo: É correto o que se diz em:
I – Sua célebre frase, “Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”, demonstra que Voltaire não acreditava que o soberano divino fosse irreal, e admitia sua relevância, julgando ser este um preceito elucidativo essencial e definitivo da totalidade do cosmos.
II – Quanto à crendice irrestrita e aos credos sobre as dádivas que se acreditava serem de origem divina, Voltaire propunha a imagem de um Deus antropomórfico, mas indiferente, em contraste com a do Deus da Bíblia, que interfere ativamente sobre a humanidade.
III – Voltaire foi um defensor da tolerância e um crítico de toda discriminação que tinha por base a fé, opondo-se tanto aos padres como à soberania incontestável do pontífice. Ele atingiu o status de celebridade por conta das sérias polêmicas em que se envolveu.
IV – O modo como Voltaire enxergava o conhecimento histórico era pautado na exatidão, tanto na descrição dos fatos como no levantamento de fontes do passado, repudiando abordagens tendenciosas ou que levem em conta o conjunto das atividades humanas.
a. II e III, apenas.
b. I e IV, apenas.
c. I e III, apenas.
d. III e IV, apenas.
e. I e II, apenas.

O governo monárquico francês regido por Luís XVI e Maria Antonieta foi denominado como “Antigo Regime” pelos insurgentes franceses que foram os protagonistas dos levantes característicos da Revolução Francesa (LARINI, Willian Carlos Fassuci. A Revolução Francesa).
Sobre as circunstâncias históricas nas quais se encontravam a França e sua organização social em tal época, assinale a alternativa correta:
a. A parcela mais rica da sociedade era o clero, uma vez que a Igreja Católica era muito rica em terras e rendas, ultrapassando com seus donativos as posses dos aristocratas. Sua hegemonia na sociedade era incontestável, sendo a única instituição a ter o direito de ensinar a religião.
b. Em comparação com o passado, os trabalhadores rurais franceses da época que antecedeu a insurreição não tinham mais liberdade do que antes, pois permaneciam os deveres e pesados tributos como os direitos feudais e de senhorio, pagos em dinheiro ou em espécie.
c. Não havia igualdade no Antigo Regime, a sociedade estava dividida em ordens com diferentes graus de privilégios. As riquezas se concentravam no clero e na aristocracia, que recusavam vigorosamente as mudanças da sociedade mesmo em meio a uma grande recessão.
d. O Antigo Regime justificava-se pela concepção feudal, segundo a qual cabiam à nobreza as tarefas militares e políticas. Detentora de metade das terras e favorecida por privilégios honoríficos e fiscais, esta passavam a maior parte do tempo servindo nos exércitos do rei.
e. O terceiro estrato da sociedade francesa era composto por trabalhadores rurais e artífices com ofícios manufatureiros. Já no segundo estrato, ou classe média, estavam os mercadores e burgueses, cuja única prerrogativa era a prestação tributária, não gozando de regalia alguma.

Ao modelo econômico do Estado Moderno é dado o nome de “Mercantilismo”, no qual as decisões comerciais eram tomadas pelo rei e a economia permanecia atrelada às vontades dele, assim como as decisões políticas (PIRES, Herculanum Ghirello. Humanismo, Renascimento e Estado Moderno).
Sobre os princípios que subjazem a esse modelo, leia atentamente as assertivas abaixo: É correto o que se diz em:
I – O Metalismo é a crença segundo a qual quanto mais ouro e prata uma nação tiver em circulação com nações de interesses econômicos convergentes, mais rica ela se tornará, o que envolve o incentivo à troca de metais preciosos por bens e serviços que sejam propícios.
II – O Protecionismo é o incentivo à indústria interna, ao comércio e manufatura nacionais, protegendo-os da concorrência estrangeira. Deste modo, havia o aumento de impostos sobre os produtos estrangeiros a fim de torná-los mais caros, o que favorecia os similares nacionais.
III – Na Balança Comercial Favorável, busca-se reter uma grande quantidade de capital exportando o máximo de produtos possíveis e importando o menor número possível de manufaturados, o que implica a extorsão de nações vizinhas mediante investidas bélicas.
IV – O Exclusivo Colonial consiste na obrigação que cada colônia tem de comercializar apenas com duas ou mais metrópoles europeias, excluindo de suas rotas comerciais quaisquer outros potenciais compradores de insumos tropicais, o que aumentava artificialmente os preços.
a. I e IV, apenas.
b. I e II, apenas.
c. III, apenas.
d. II, apenas.
e. IV, apenas.

Sobre as circunstâncias históricas e os eventos do século XVIII que contribuíram diretamente para que se iniciasse o processo de emancipação das treze colônias norte-americanas da metrópole inglesa.
Assinale a alternativa correta:
a. Quando o parlamento na Grã-Bretanha passou a restringir o poder do rei, isso significou uma maior preponderância dos interesses da classe burguesa, a qual fomentaria o amplo crescimento financeiro. Como consequência, as treze colônias e os seus tributos passaram a ser considerados relevantes para nutrir o novo sistema econômico industrializado.
b. O plano sistemático da ocupação britânica da América do Norte, particularmente o das colônias setentrionais, impediu que as colônias gozassem de qualquer grau significativo de autonomia desde os primeiros estágios de assentamento. Logo, as crises internas sentidas pela Inglaterra já no século XVII repercutiram no continente, causando atritos com os colonos.
c. A adição de tropas mandadas pela autoridade britânica era suprida financeiramente pela coerção armada sobre os habitantes das treze colônias para que pagassem os acréscimos em seus tributos. Ou seja, quase todo residente de uma possessão inglesa em solo americano se encontrava em posição de ter que custear soldados de seu próprio bolso para se proteger.
d. A maior presença de tropas britânicas na América no início do século XVIII teve a finalidade de fazer valer a autoridade da Coroa em solo americano. Os acordos ao final dos conflitos nem sempre eram favoráveis aos colonos. A derrota da Inglaterra na Guerra dos Sete Anos fez com que muitos parlamentares desejassem ver as colônias arcarem com esses gastos.
e. No cenário governamental inglês da época, os fatores da crescente industrialização e do enfraquecimento da burguesia diante do poder real acentuavam a dependência econômica da Grã-Bretanha em relação às suas colônias cada vez mais, uma vez que as indústrias precisavam tanto de mão de obra barata como de carregamentos de matéria prima em estado bruto.

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