Modelos físicos tridimensionais são fundamentais para o desenvolvimento do design de produtos e o planejamento da produção. Apesar do interesse crescente em simulações 3D virtuais de produtos, a decisão de compra de um produto, um carro, por exemplo, depende fortemente de impressões como ruído, manuseio, aromas e percepção formal, que são fatores-chave para uma decisão de compra. Essas propriedades só podem ser avaliadas por meio de exemplos físicos tridimensionais, razão pela qual o uso de modelos e protótipos é um elemento importante para o desenvolvimento do design de um produto.

Um importante nome na história do uso de protótipos no desenvolvimento do design de produtos foi o italiano Giovanni Sacchi (1913-2005), que, em 1945, começou a trabalhar executando modelos em madeira (construídos por processos convencionais, não automáticos) para o designer Marcello Nizzoli (um dos grandes designers italianos, responsável por vários projetos para a Olivetti). Em 1948, Sacchi estabeleceu sua própria oficina de construção de modelos em Milão, onde produziu cerca de 25 mil modelos para todos os principais designers, como Bellini, Sottsass, Zanuso, Richard Sapper, Castiglione e outros, e fabricantes do período (Fiat-Lancia, IBM, Philips, Renault, Alessi, Olivetti, Nava etc.), trabalhando efetivamente como um "tradutor" das ideias dos designers em desenhos 2D para o meio físico 3D.

No Brasil, especificamente na área de design, merece destaque o designer Maurício Klabin, que pode ser considerado o designer brasileiro pioneiro no uso da impressão 3D. Em 1998, Maurício contatou o laboratório de modelos tridimensionais do Instituto Nacional de Tecnologia para utilizar o scanner 3D de forma a obter os arquivos das superfícies 3D complexas dos produtos criados à mão por ele (modelados em argila sintética — clay), impressos em 3D pela tecnologia de modelagem por fusão e deposição (Fused Deposition Modeling – FDM) em termoplástico. O protótipo foi construído a partir de arquivo gerado em scanner 3D do modelo original feito à mão pelo designer e, posteriormente, digitalizado a laser em 3D. Uma vez digitalizadas, as superfícies foram ajustadas, e os resultados, impressos em 3D na tecnologia FDM 1650 Stratasys no ano de 2000. Essa técnica permitiu o desenvolvimento de moldes negativos a partir dos protótipos impressos para posterior fundição em metais como bronze e alumínio.

VOLPATO, N. Manufatura Aditiva: tecnologias e aplicações da impressão 3D. São Paulo: Blucher, 2017.

A Manufatura Aditiva (AM) é uma tecnologia revolucionária que possibilita a criação de objetos 3D a partir de um modelo digital. Sua versatilidade permite que designers desenvolvam produtos com formas complexas e utilizem diversos materiais, otimizando suas propriedades para aplicações específicas. Além disso, a AM possibilita a rápida e econômica produção de protótipos, permitindo testes de design e materiais antes da produção em massa, economizando tempo e dinheiro para as empresas. Outra vantagem é a oportunidade de testar materiais para os produtos, criando protótipos com diferentes materiais e analisando suas propriedades em condições reais, resultando em produtos de melhor qualidade e mais inovadores.

Com base no texto acima e nos estudos realizados, inicie a resposta definindo as principais tecnologias de AM utilizadas para produção de protótipos e produtos.

Após a apresentação das principais tecnologias e suas respectivas definições, mencione os materiais utilizados nessas tecnologias, o funcionamento para a produção dos produtos, como é possível produzir produtos com mais de uma cor em cada tecnologia e quais são os testes do produto manufatura pela impressão 3D.

Apresente a resposta em tópicos, com cada tecnologia, e busque trazer nomes e marcas de equipamento.