Além disso, essa via metabólica é crucial porque a produção de lactose no leite exige quantidades maciças de glicose, superando frequentemente a ingestão dietética da fêmea. O fígado é o principal órgão responsável por esse processo, funcionando como uma 'central de reciclagem' que converte precursores em glicose. Em ruminantes, a dependência é quase total do propionato absorvido do rúmen, pois a glicose da dieta é rapidamente fermentada. A capacidade de realizar gliconeogênese eficiente permite que a fêmea mantenha a produção de leite mesmo em balanço energético negativo, mobilizando suas próprias reservas corporais (músculo e gordura) para garantir a nutrição do filhote."