Em meio a uma intensa repercussão midiática, um influenciador digital imputa a um concorrente conduta socialmente reprovável, não tipificada penalmente. O Ministério Público oferece denúncia por difamação (art. 139, CP), defendendo que o uso das redes sociais não pode servir de escudo para impunidade e que a interpretação extensiva seria necessária para dar efetividade à proteção da honra, sob pena de violação do princípio da proibição da proteção insuficiente. A luz do princípio da legalidade e da teoria da tipicidade, assinale a alternativa mais adequada. a. A analogia in malam partem é admitida quando houver lacuna axiológica, em especial para assegurar proteção de bens jurídicos de hierarquia constitucional. A tipicidade formal exige correspondência estrita entre fato e tipo legal, de modo que a ausência de previsão normativa expressa impede a punição, ainda que haja tipicidade material. b. A proibição de proteção insuficiente autoriza interpretação extensiva de tipos penais, desde que se respeite o núcleo essencial do bem jurídico tutelado. c. A interpretação conforme a Constituição permite ao juiz suprir omissões legislativas em matéria penal, criando tipos penais compatíveis com direitos fundamentais. d. A proteção da honra admite analogia integrativa por se tratar de direito fundamental de eficácia imediata.