Sandro tem uma transportadora , com dois sócios : Paulo e João, que também possuem o poder de gerência. No ano passado Sandro e Paulo tiveram algumas desavenças comerciais, o que resultou na saída de Paulo da sociedade em junho de 2015. Recentemente a transportadora fechou contrato com um fabricante, para transportar suas mercadorias. Para dar conta do serviço contratado Sandro precisava aumentar sua frota e portanto resolve ir ao Banco do Brasil , fazer um financiamento junto ao BNDES para micro empresa( tendo juros anual de 5% ) entretanto tem o crédito negado,ao ser informado pelo gerente que sua transportadora estava com restrição cadastral , pois havia quatro duplicadas no valor de R$ 2.500 , totalizando o valor de R$ 10.000, vencidas respectivamente em JAN/ FEV /MAR e ABR de 2015 emitidas pelo posto X, Sandro se dá conta que tais dividas era de seu ex- sócio Paulo. Para que ele pudesse fazer o financiamento , resolve falar com o dono do Posto X, com o intuito de quitar a divida. Devido ao atraso no adimplemento o dono do Posto X pede o valor equivalente a R$ 20.000 (aplicando juros de 4 % ao mês). Eu na posição de advogada de Sandro o que deveria fazer ? É justo o juros pedido pelo dono do Posto X ? Se Sandro pagar ele se sub-roga nos direitos do credor contra Paulo? Quais arts deveria me fundamentar?
Os juros, quando não convencionais, não podem ultrapassar o valor da taxa SELIC que, segundo o STJ, é aquele utilizado pela Fazenda Nacional. Vejamos:
"Art. 406, do CC. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional."
Haverá a sub-rogação, nos termos do art. 346, III, do CC:
"Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
[...]
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte."
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