Sim, à pessoa jurídica de direito público interessada, nos termos do artigo 6.º, § 3.º, da LAP, é facultada a adoção de posicionamento em caso de ação popular. Poderá esta: a) contestar o pedido, caso repute descabida a ação popular; b) quedar-se inerte; ou c) ingressar no pólo ativo da ação caso tenha crença na plausibilidade da ação popular.
A autoridade pública sempre estará no polo passivo, e também pode haver a pessoa jurídica de direito público, assim como particulares que foram beneficiados pelos atos ilegais e lesivos.
Sim, a Pessoa Jurídica de Direito Público pode, ao invés de contestar o pedido formulado pelo Autor, atuar ao lado deste na Ação Popular. Nesse sentido, Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade:
“Uma peculiaridade das ações populares, prevista no § 3.0 do art. 6. 0 da LAP, é a possibilidade de a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, optar por alguma das seguintes atitudes processuais:
a) Contestar o pedido: a entidade pugnará pela preservação do ato sindicado, quando seu dirigente ou representante legal entender que ele é lícito e não lesa os bens que a ação popular visa a defender, ou seja, quando concluir que ele é conforme ao interesse público;
b) Abster-se de contestar o pedido: como o dispositivo permite, expressamente, que tais entidades deixem de contestar o pedido, de sua inércia não se pode presumir a veracidade dos fatos não contestados (ao contrário da regra do art. 344 do novo CPC. Aliás, ainda que não houvesse tal permissivo legal, esse efeito não incidiria, em virtude de a ação popular versar sempre sobre direitos indisponíveis novo CPC, art. 345, II).
c) Atuar ao lado do autor: tal postura será possível desde que se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. Optando por tal atitude, a ré terá considerado que o ato impugnado é ilegal e/ou lesivo a um dos bens cuja ação popular busca defender. Para exercer tal faculdade, deverá manifestar expressamente sua intenção de atuar ao lado do autor.
Importante salientar que há duas correntes quanto à natureza jurídica de tal atuação da Fazenda Pública em relação ao autor: parte da doutrina sustenta ser de assistência simples, parte afirma ser de assistência litisconsorcial.” (Interesses Difusos e Coletivos-Esquematizado. 5ª ed. e-book. pg. 331)
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Direito Civil I
•Universidade de Vassouras
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