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Podemos analisar a aplicabilidade desta orientação constitucional com relação às taxas, sejam elas instituídas com fundamento em serviços públicos específicos e divisíveis ou no exercício do poder de polícia, e com relação às contribuições de melhoria. Hugo de Brito Machado, observando a restrição imposta pelo constituinte, observou: Em relação às taxas o princípio da capacidade contributiva há de ter um tratamento específico, distinto do que há de ter no que pertine aos impostos. O fato gerador das taxas, como tributos vinculados que são, decorrem de uma atuação estatal específica e direcionada ao contribuinte, seja através da prestação de serviços ou do exercício do poder de polícia, sendo coerente que a dimensão do fato imponível seja a o valor gasto. Daí porque não se deve dimensionar a taxa conforme a capacidade contributiva de quem deve pagar. Isso não quer dizer que rigorosamente não observará esta norma constitucional. Todavia, a aplicação do princípio ficou à mercê do bom senso do Ente tributante competente para cobrar a referida exação.
Disponível em: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/47291/aplica-se-o-principio-da-capacidade-contributiva-as-taxas-roberta-moreira
Segundo Hugo de Brito Machado, "em relação às taxas, o princípio da capacidade contributiva há de ter um tratamento específico, distinto do que há de ter no que pertine aos impostos. O fato gerador das taxas, como tributos vinculados que são, decorrem de uma atuação estatal específica e direcionada ao contribuinte, seja através da prestação de serviços ou do exercício do poder de polícia, sendo coerente que a dimensão do fato imponível seja a o valor gasto. Daí porque não se deve dimensionar a taxa conforme a capacidade contributiva de quem deve pagar.".
O mesmo se aplica em relação ao pedágio. Para Leandro Paulsen, Roque Antônio Carraza, Bernardo Ribeiro de Moraes, Misabel Derzi e Aliomar Baleeiro e Luciano Amaro, pedágio tem natureza jurídica de tributo.
Esta posição também já foi compartilhada pelo Supremo Tribunal Federal, mas o julgamento que a concretizou não se referia ao pedágio cobrado nos moldes atuais, o que levantou uma série de discussões acerca da pertinência da utilização de tal jurisprudência hodiernamente.
Os doutrinadores que entendem que pedágio tem natureza jurídica de tributo, classificam-o como taxa. Este posicionamento se dá devido à similitude existente em seus caracteres de exigibilidade. Como anteriormente visto, a taxa, por ter por hipótese de incidência atuação estatal individualizada independente de qualquer ato do contribuinte, sendo que este deve arcar com o serviço público que lhe foi prestado através da referida remuneração, que deverá custear inteiramente o serviço, teria uma relação de proximidade com o pedágio, que também possui tais características, já que é serviço público uti singuli, independe de ato do particular para que seja exigível e, também, por ter fato gerador similar.
Quanto ao cálculo do montante a ser cobrado, entendemos que, devido ao caráter de taxa, o pedágio teria seu elemento quantitativo medido com base nos gastos com a elaboração de tais serviços, e nunca baseado em quaisquer elementos que denotem a capacidade contributiva do contribuinte.
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