Pessoal boa noite!
Alguém poderia me ajudar por favor?
Estou em duvida se minha resposta nesse caso está correta ou não...
Desde já obrigaada!
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de um grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da pena criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para
reprovação e prevenção do crime.
Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial.
Resposta: A decisão está equivocada, o juiz agiria corretamente se considerasse atenuante que recai sobre o agente, pelo cometimento do crime sob a influencia de multidão e tumulto, art. 65, III, E. O principio da inderrogabilidade da pena, reconhece que uma vez constatada a pratica do crime, a pena não pode deixar de ser aplicada por liberalidade do juiz ou de qualquer outra autoridade. Não está previsto no art. 107 CP, o perdão judicial para crimes de furto (Art. 155 CP), neste caso o máximo que pode ser adotado é uma causa de diminuição de pena devido ao arrependimento posterior, devolução da res furtiva, art. 16 do CP, onde terá uma diminuição de 1 a 2/3.
Certíssima, a grande maioria das pessoas esquecem de citar que para haver o perdão judicial deve estar escrito de forme explícita no artigo que o réu feriu com seu ato ilicito.
[…] A atenuante da reparação do dano (art. 65, III, b, do CP) é analisada na segunda fase da fixação da pena, dessa forma, no presente caso, ainda que fosse reconhecida, ela não teria força para trazer a pena-base aquém do mínimo legal. […] Quando a restituição do bem à vítima ocorrer após o recebimento da denúncia ou queixa, não se aplica a causa de diminuição do arrependimento posterior. (STF, Segunda Turma, HC 99803, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 22/06/2010)
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Introdução ao Direito I
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